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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

28.12.08

Repercussões externas da END.

A matéria abaixo, do "site" Stratfor, é favorável ao Brasil. De um modo
geral, não tem havido reações adversas, na mídia, à nova Estratégia
Nacional de Defesa (END) e aos acordos com a França. A esta altura,
seria de se esperar uma "grita" geral, dos pacifistas de todos os matizes...

Abaixo dessa matéria, uma outra sobre a integração operacional entre a
aviação de caça da Marinha e da FAB, na realização do Exercício
INTERCEPTAER.

Abs.


Geopolitical Diary
A BOOST FOR BRAZIL'S MILITARY

December 24, 2008
Stratfor


Brazil and France signed a substantial defense deal on Tuesday that
brings Brazil a step closer to breaking out of a century of military
navel-gazing, and indicates that Brasilia could be getting serious about
attaining the tools of power projection.

The deal — which the French say is worth $12 billion — includes a plan
for Brazil to purchase 50 of Eurocopter subsidiary Helibras' EC725
helicopters, which will be built domestically. France will also help
Brazil assemble four Scorpene-class conventional patrol submarines as a
precursor to construction of a Scorpene-class nuclear submarine.

Stipulating that the submarines and helicopters will be manufactured in
Brazil, the Brazilians will gain the expertise needed to build up their
military-industrial capacity, which has languished, and invigorate their
own arms industry. Using foreign designs to construct weapons at home is
something Brasilia has actively encouraged over the years. This
circumvents the arduous, expensive and error-prone process of creating
entirely new designs, and it educates domestic engineers.

This defense deal has been in the works for the better part of 2008, but
this is not the first serious cooperation between the two countries.
France sold Brazil the Clemenceau-class aircraft carrier Foch, and
earlier in 2008 signed a deal to construct 50 Super Puma helicopters.
There also is little doubt that it was an infusion of French investment
and expertise that brought Brazilian private airline manufacturer
Embraer into a position to compete in the international aircraft market.
Future deals could include the sale of France's Dassault Rafale fighter
jet, which has been struggling to compete in the European market but
could be a perfect fit for Brazil.

But there are grander implications of these French partnerships.
Although Brazil is unquestionably the geopolitically dominant country in
South America, it has lacked the wherewithal to extend control to its
own borders, much less beyond. Even more compelling has been the absence
of existential threats to the state's security. With massive
geographical barriers protecting it to the north and west, Brazil has
had to worry only about Argentina to the south and about protecting its
coastline. But with its southern borders settled for a century or so at
this point, and Argentina at risk of economic collapse, the threat of
Argentine aggression is not particularly compelling. And with very
limited global traffic in the southern Atlantic, Brazil's naval needs
have been minimal.

Brazil's military has thus been relatively inward-focused, as shown by
the military's heavy involvement in politics — including a period of
military rule from 1964 to 1985. But recently, Brazil has discovered
enormous oil deposits off its coast, and its shipping lanes will become
increasingly important if the country achieves its goals of becoming a
major exporter of oil and (increasingly likely) agricultural produce.
These developments appear to have awakened the Brazilians to the
possibility that they might have something really worth protecting.

Indeed, the long-discussed submarine program has been pitched as a way
of protecting the country's stationary oil platforms, even though
submarines are not capable of directly defending such a target.
Submarines are, however, an excellent ace in the hole should Brazil
engage in a shooting war, as they would allow Brazil to threaten
adversaries' shipping lanes.
Beyond these immediate applications, WHAT IS BECOMING CLEAR IS THAT
BRAZIL COULD BE REALIZING THAT IT IS THE PRIMARY POWER OF SOUTH AMERICA
— and the deal with France may be the first step toward acting like it.

Noticiário Naval
Caças da FAB e da Marinha realizam exercício
22/12/2008

No período de 10 a 12 de dezembro, o Comando de Defesa Aeroespacial
Brasileiro – COMDABRA - coordenou o exercício INTERCEPTAER. O exercício
teve como propósito promover o adestramento de pilotos e controladores
da MB e da FAB, por meio da execução de missões de interceptação
empregando as aeronaves AF-1 (A-4 Skyhawk) e F-5E/M, a fim de contribuir
para incrementar a interoperabilidade entre as duas Forças.

As aeronaves do Esquadrão VF-1 (MB) e do 1º GAVCA (FAB), realizaram
diversas missões de interceptação, a partir da Base Aérea de Santa Cruz,
alternando-se como caçador e alvo, tendo sido controladas por militares
de ambas as Forças, operando a partir do Centro de Operações Militares
de Brasília, o COPM-1, utilizando o sistema de visualização radar D/ACOM.

O exercício foi considerado extremamente válido e atingiu todos os
objetivos propostos de padronização de procedimentos, troca de
experiências e de adestramento para futuras Operações Conjuntas, quando
forem empregados meios aéreos das duas Forças.

Fonte: COMDABRA

18.11.08

A CURA DO CÂNCER

 
VAI ACABAR A FARRA DOS LUCROS DOS LABORATÓRIOS. .. -
É POR ISTO QUE A NOTÍCIA ESTÁ RESERVADA A PEQUENOS CÍRCULOS ?!?!?!? Cura do câncer !

Um médico italiano descobriu algo simples que considera a causa do câncer.
Inicialmente banido da comunidade médica italiana, foi aplaudido de pé na Associação Americana contra o Câncer quando apresentou sua terapia.

O médico observou que todo paciente de câncer tem aftas. Isso já era sabido da comunidade médica, mas sempre foi tratada como uma infecção oportunista por fungos - Candida albicans.

Esse médico achou muito estranho que todos os tipo de câncer tivessem essa característica, ou seja, vários são os tipos de tumores mas têm em comum o aparecimento das famosas aftas no paciente. Então, pode estar ocorrendo o contrário - pensou ele.

A causa do câncer pode ser o fungo. E, para tratar esse fungo, usa-se o medicamento mais simples que a humanidade conhece: bicarbonato de sódio.

Assim ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonado de sódio, não apenas ingerível, mas metódicamente controlado sobre os tumores. Resultados surpreendentes começaram a acontecer. Tumores de pulmão, próstata e intestino desapareciam como num passe de mágica, junto com as Aftas.

Desta forma, muitíssimos pacientes de câncer foram curados e hoje comprovam com seus exames os resultados altamente positivos do tratamento.

Para quem se interessar mais pelo assunto, siga o link (em inglês):nao deixem de ver o video, no link abaixo.

O medico fala em italiano, mas tem legenda em portugûes. http://www.curenatu ralicancro. com /

Lá estão os métodos utilizados para aplicação do bicarbonado de sódio sobre os tumores. Quaisquer tumores podem ser curados com esse tratamento simples e barato. Parece brincadeira, né? Mas foi notícia nos EUA e nunca chegou por aqui. Bem que o livro de homeopatia recomenda tratar tumores com borax, que é o remédio homeopático para aftas. Afinal, uma boa notícia em meio a tantas ruins.

Voce a contrataria para alguma função???

NOSSA ATUAL MINISTRA E POSSÍVEL CANDIDATA A PRESIDENTE.....


Palestra na Liga da Defesa Nacional.

A Liga da Defesa Nacional/ RJ, dando prosseguimento ao seu Ciclo de
Palestras, tem a honra de convidar V. Exa/ V.Sra, para a palestra sobre
o tema " Crise Econômica Mundial", que será realizada às 17 horas do dia
26 de novembro de 2008 , em sua sede á Av. Augusto Severo nº 8, sala 304
- Lapa - RJ.
Palestrante: ARMINDO AUGUSTO DE ABREU.

Armindo Augusto de Abreu é economista, escritor e conferencista.
Ex-membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra, Armindo é
autor do livro "O Poder Secreto", da Kranion Editorial.
Será uma oportunidade de ouvir uma opinião descolada da versão dos
diversos governos sobre a crise financeira, enriquecendo a nossa visão
pessoal e profissional a respeito do assunto. É imperdível.

16.11.08

IMPUNIDADE

IMPUNIDADE - Herdhunt (cão heroi) - Meu melhor amigo e fiel escudeiro ha mais de 12 anos foi vitima da maldade humana no final da rua Grajau. A GAM - Associação dos moradores das ruas Grajau e Alfredo Magioli deve mudar o nome para GRUPO DE AMIGOS DO MAL pois se ocultam no aparente anonimato para praticar este e outros crimes.

15.11.08

Obrigada Exército Brasileiro, por nos haver dado esta chance de estarmos aqui, neste momento, nesta exata hora





Eis porque me ufano!

O orgulho de ser brasileiro!

Depoimento de uma heroína, Cap Méd Carla Maria Clausi.

Eles merecem o nosso reconhecimento e o nosso aplauso.

Parabéns ao Gen Santos Cruz, comandante e líder desses heróis.

Nós somos a sua torcida.

?Brasil! Acima de Tudo!?



?Sinto-me extremamente orgulhosa e honrada por haver liderado estes militares, que lutaram contra o inimigo oculto nas sombras da morte, que nos rondava a todo momento !

 

Obrigada DEUS, por nos haver enchido de força e de fé, para que acredita'ssemos em nossa capacidade !!!

Obrigada General SANTOS CRUZ, por nos haver deixado permanecer em nosso posto de combate !!!!!!!

Obrigada Coronel FIORAVANTE e Coronel CAIO, pelo exemplo a seguir !!!!!

Obrigada Exército Brasileiro, por nos haver dado esta chance de estarmos aqui, neste momento, nesta exata hora...

Obrigada BRASIL, por ser a nossa pa'tria amada e maravilhosa !!!!!!

Obrigada pais, mães, maridos, esposas, namorados e namoradas, filhos e filhas, amigos e amigas... por haverem sempre acreditado em no's e por serem a nossa torcida invisi'vel de cada dia de nossa missão !!!

 

Obrigada, por estar viva !!!!!!!

E por ter ajudado a trazer de volta à luz a vida daquelas criancinhas haitianas indefesas !!!

 

TUDO PELA PAZ !!!!

SELVA !!!!

BRASIL !!!!!!!!!!!!!!?

 

Cap Med CARLA MARIA CLAUSI

 

<<<O>>>

 
---
ESSA  É A NOSSA GRANDE MISSÃO; SALVAR VIDAS A DESPEITO DO PERIGO IMINENTE. aBS. EDRO

Prezados chefes, companheiros e, mais do que tudo, AMIGOS !!!
 
Sexta-feira pro'xima passada o BRABATT/9 deu um show de competência, de capacidade técnico-profissional e de coragem !!!
 
Desejo tornar pu'blico este elogio e agradecimento à minha equipe de Sau'de e aos meus companheiros de trabalho do BRABATT/9, pois conseguimos salvar com vida, depois de mais de 6 horas de um resgate drama'tico, 04 crianças haitianas, de 6 e 7 anos de idade, que se encontravam presas nos escombros do andar térreo da Escola que desabou, num tu'nel formado pelas vigas de concreto retorcidas e amontoadas, que corria o risco de colapsar a qualquer momento !
Com pedaços de cimento que cai'am sobre nossas cabeças, com caliça que soterrava cada vez mais aquelas crianças e as enchia cada vez mais de pânico !!!
 
Todos os integrantes da equipe, composta por mim, pela Ten BELLINDA, Sgt A'UREO, Sgt PELEGRINI, Sgt WEINER, Cb CASTRO, Cb CLEDIMILSON, Sd SIDNEY e o principal hero'i da jornada, o Cb RICARDO, entramos no local da tragédia sabendo do risco de vida que esta'vamos correndo, mas cientes da necessidade absoluta de nossa intervenção para salvar aquelas crianças, devido à extrema confusão e desorganização que havia no local !
 
Agradeço a cooperação fundamental do Ten ALEXANDRE, dos Fuzileiros Navais, que se fez presente em decisões e opiniões acertadas como especialista na sua a'rea, a Ortopedia.
 
Jamais poderia esquecer a iniciativa do Sgt RONY, das Comunicações, pelo seu trabalho volunta'rio e abnegado para nos manter em contacto com a Base, desde que soube do ocorrido e permanecendo no local até avançada hora da noite, em trabalho conjunto com toda a equipe comandada pelo Cmt PARENTE.
 
Dos nossos motoristas SIDNEY e FRANCISCO, (este u'ltimo, mesmo em arejamento) que sempre estiveram prontos e à nossa disposição.
 
E de todos aqueles, evidentemente, que nos deram o apoio logi'stico, com fornecimento de a'gua, sucos, alimentos e luz para nossa atividade no meio da escuridão, sob o comando do TC GUERRA e com o apoio da ENGENHARIA.
 
Nada mais gratificante do que a liberação destas quatro crianças, sem qualquer necessidade de amputação de algum de seus membros ou de aparente seqüela !
Nada mais gratificante do que as palmas dos haitianos junto aos seus gritos de VIVA BRASILIA !!!
Nada mais gratificante do que a interrupção do choro desesperado daquelas crianças... transferindo as la'grimas deles para os nossos olhos !!!!!!!!
Que transbordaram de la'grimas de alegria, de dever cumprido, de missão de paz...
 
Sinto-me extremamente orgulhosa e honrada por haver liderado estes militares, que lutaram contra o inimigo oculto nas sombras da morte, que nos rondava a todo momento !
 
Obrigada DEUS, por nos haver enchido de força e de fé, para que acredita'ssemos em nossa capacidade !!!
Obrigada General SANTOS CRUZ, por nos haver deixado permanecer em nosso posto de combate !!!!!!!
Obrigada Coronel FIORAVANTE e Coronel CAIO, pelo exemplo a seguir !!!!!
Obrigada Exército Brasileiro, por nos haver dado esta chance de estarmos aqui, neste momento, nesta exata hora...
Obrigada BRASIL, por ser a nossa pa'tria amada e maravilhosa !!!!!!
Obrigada pais, mães, maridos, esposas, namorados e namoradas, filhos e filhas, amigos e amigas... por haverem sempre acreditado em no's e por serem a nossa torcida invisi'vel de cada dia de nossa missão !!!
 
Obrigada, por estar viva !!!!!!!
E por ter ajudado a trazer de volta à luz a vida daquelas criancinhas haitianas indefesas !!!
 
TUDO PELA PAZ !!!!
SELVA !!!!
BRASIL !!!!!!!!!!!!!!
 
Cap Med CARLA MARIA CLAUSI

25.10.08

O AFIAR DAS FACAS

Disponibilizado pelo Monitor Mercantil Digital em 24/10/2008 e publicado no Monitor Mercantil de 25, 26 e 27/10/2008, pág. 2 (Opinião).

 

EDUARDO ITALO PESCE (*)

IBERÊ MARIANO DA SILVA (*)

 

Enquanto uns afiam as facas, outros vendem (ou dão de presente) o faqueiro. A experiência histórica nos ensina que uma grande crise da economia mundial normalmente é acompanhada por um ciclo de guerras de duração e amplitude variáveis. Segundo Keynes, a recuperação econômica geralmente necessitaria de um “choque externo” – como o ocasionado pela 2ª Guerra Mundial em 1939-45.

 O alerta amarelo já deve estar tocando, nos ministérios de Defesa dos principais países. Já no Brasil, é provável que o Plano Estratégico Nacional da Defesa (PEND) vire fumaça, juntamente com o dinheiro que desapareceu na bolsa. Este plano deveria ter sido anunciado oficialmente em 7 de setembro, mas teve sua divulgação adiada, a fim de ser examinado pelo Conselho de Defesa Nacional (CDN) em 3 de novembro de 2008.

 Os governos e bancos centrais estão enterrando, com honras militares, o discurso neoliberal de “Estado mínimo”, que montou o cenário para a monumental crise com que ora se depara o mundo. Tal discurso talvez ressuscite um dia, mas provavelmente não no futuro próximo. Sem dúvida, se o Estado não socorresse o mercado na “Hora H”, o colapso poderia ser ainda pior, e sua reversão, mais difícil.

 No campo militar, o momento atual é de perplexidade. Contudo, o desespero dos mercados e dos países dificilmente levará a um grande conflito interestatal de tipo westfaliano, nos moldes da 2ª Guerra Mundial. As guerras do Século XXI são conflitos não-westfalianos, nos quais o “inimigo” não é necessariamente um Estado organizado.

 A guerra de quarta geração (G4G) caracteriza-se pela perda do monopólio do Estado sobre os conflitos armados. Desse modo, facções ideológicas ou criminosas, com ramificações externas e internas, poderiam muito bem “declarar guerra” ao Estado brasileiro, visando à sua submissão ou destruição.

 Recentemente, foi assinado o Decreto n.º 6.592, de 02/10/2008, regulamentando a Lei n.º 11.631, de 27/12/2007, que criou o Sistema Nacional de Mobilização (SINAMOB). O decreto admite o emprego das Forças Armadas contra ameaças e agressões de origem externa, mesmo quando o território nacional não for invadido ou diretamente ameaçado.

 No Brasil, vários analistas de política e relações internacionais consideraram o texto deste decreto “agressivo”, por romper com a “tradição pacifista” da política externa brasileira. Tais observadores aparentemente acreditam que só existe um tipo de guerra: aquela que se dá entre dois ou mais Estados soberanos. Isso indica que o conceito de G4G ainda não foi corretamente compreendido no País.

 Em países vizinhos, principalmente no Paraguai, a imprensa local tem distorcido e descontextualizado as notícias divulgadas aqui, com manchetes sensacionalistas afirmando que o Brasil está “pronto para invadir” tais países. Que contraste com a virtual capitulação do Estado brasileiro no plano interno! Será que estão falando mesmo do nosso País?

Apesar de tudo, a atual crise da segurança pública no Brasil ainda não configura uma situação de G4G. É preciso deixar claro que o combate ao terrorismo, ao narcotráfico e a outras modalidades de crime transnacional cabe às forças de segurança e aos serviços de inteligência. O emprego de contingentes das Forças Armadas só se justificaria em casos extremos, quando o tipo de ação tornasse tal emprego necessário.

 Em situação de G4G, a missão das Forças Armadas não seria “derrotar” o inimigo em batalha, mas sim estabelecer as condições de segurança necessárias ao funcionamento do governo num território conflagrado. Isso tanto poderia ocorrer no contexto de uma operação de paz no exterior, sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU), como no de uma operação de garantia da lei e da ordem (GLO) de âmbito interno.

O predomínio dos conflitos assimétricos e irregulares na atualidade não significa que as Forças Armadas devam descartar sua capacidade militar convencional, em favor de uma estrutura voltada quase que exclusivamente para as operações especiais e de inteligência. É necessária uma significativa capacidade de “resposta simétrica”, para dissuadir conflitos interestatais e para defender a soberania e os interesses nacionais, caso a dissuasão falhe.

 Podemos afirmar que a relativa paz na América do Sul não é resultado de um suposto equilíbrio de poder, mas de uma situação de desequilíbrio de poder, historicamente favorável ao Brasil. Assim sendo, um maior enfraquecimento das Forças Armadas brasileiras poria em grave risco a paz e a estabilidade no subcontinente.

 O comprometimento da superioridade militar do Brasil no âmbito regional faria com que o nosso País deixasse de ser o “fiel da balança”, perdendo a capacidade de atuar como mediador de crises – uma vez que, para representar este papel, é necessário ser mais forte que as partes em litígio, a fim de induzi-las a optar por uma solução negociada.

 A incapacidade do Brasil (ou de qualquer de seus vizinhos) em atuar na mediação de crises na América do Sul poderia encorajar potências extracontinentais a assumir tal papel, procurando ampliar sua influência sobre a região. A impopularidade dos Estados Unidos poderia inibir sua atuação diplomática nesse sentido – o que, em tese, seria favorável a países como a França.

 Além de levar a um possível aumento da influência de potências extracontinentais no entorno estratégico do Brasil, a perda da capacidade de mediação regional, em conseqüência do seu despreparo militar, poderia ter outras implicações para o País. No mar ou em terra, seus recursos naturais poderiam tornar-se alvo fácil da cobiça de interesses externos. O excessivo enfraquecimento do Estado brasileiro e de suas Forças Armadas seria um convite ao desastre.

_______________________________

(*)Especialista em Relações Internacionais e professor no Centro de Produção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Cepuerj).

 (*)General-de-brigada engenheiro militar na reserva.


12.10.08

PERIGO VENEZUELANO

Volto ao assunto 'Venezuela' por julgar que, dia-a-dia, as implicações e conseqüências para o Brasil do que lá se passa ganham novo realce e dimensão e por sentir que, apesar dos insistentes alertas da imprensa, o governo federal e a sua diplomacia em particular parecem indiferente às turbulências em curso.
 
Na semana passada a Assembléia Nacional Venezuelana  aprovou as polêmicas 58 emendas constitucionais, a mais preocupante delas aquela que prorroga indefinidamente o mandato presidencial de Hugo Chaves, que declarou pretender ficar no poder até 2031. Jovem ainda, o tempo joga a seu favor e, ao final do período que pré-fixou, estará com 77 anos de idade e todos os atuais líderes mundiais e continentais já terão saído da cena política.. É mais um daqueles exemplos que, periodicamente, atormentam a história mundial e que valendo-se das fragilidades da democracia busca a sua destruição, impondo-lhe um poder ditatorial sob uma roupagem de amplas liberdades e aprovação popular. Pouco a pouco, mas, talvez, já um tanto tarde, igreja, imprensa, oposicionistas políticos e  milhões de cidadãos esboçam uma reação ante a manifesta disposição de calar as suas vozes.

Assim, a chamada 'República Bolivariana' se consolida e ameaça se espalhar pelo continente latino-americano, onde já encontra simpatizantes e parceiros submissos na Bolívia, Equador e até mesmo na orgulhosa Argentina, que, em busca de uns trocados, submete-se á política de Chaves.

Mas, o perigo venezuelano não se limita ao expansionismo da  sua ideologia  demodê, que intenta em implantar no continente o 'socialismo do século XXI'. Encontra respaldo em uma sólida base militar que, de forma significativa e pragmática,  vai se construindo e consolidando  a fim de apoiar as suas pretensões expansionistas, com o objetivo definido de, a médio prazo, transformar a Venezuela no maior poder militar da América Latina, ameaçando, desde já, alguns países com intervenção armada , como foi a recente declaração  com relação à Bolívia, país com quem celebrou um controverso acordo militar, possibilitando a construção de numerosas bases nas suas fronteiras, vale dizer, inclusive com a nossa.

 Parece que o Brasil ainda não se apercebeu do que está ocorrendo ao norte, quando movido pela abundância dos petrodólares Chaves promove pesados investimentos em armamentos sofisticados, gerando uma corrida armamentista e uma nova realidade político-militar na América do Sul.

O fantástico pacote militar venezuelano pode chegar a US$ 60 bilhões até 2020, quando, no dizer de Chaves, a Venezuela será a mais poderosa potência militar latino-americana. Ao começar o seu programa militar o barril de petróleo era cotado a US$ 40,00, hoje, em torno dos US$90,00, com possibilidades de atingir os US$ 100,0 até o final do presente ano. Essa abundância de recursos financeiros, com perspectivas de assim prosseguir por um longo período, é um incentivo para a ampliação e o aprimoramento tecnológico do  seu complexo militar, abrangendo de forma ampla e equilibrada as suas forças terrestres,navais e aéreas.

O plano de modernização em curso dará às forças armadas venezuelanas (ou forças armadas bolivarianas) um invejável poder dissuasório, já no ano de 2012, com investimentos estimados  em US$ 30,7 bilhões, conforme abaixo se constata:

  - elevação do contingente militar de 83.000 para 500.000 homens;

 - criação da Milícia Nacional Bolivariana, hoje, com aproximadamente 1 milhão de milicianos , podendo chegar a 2 milhões.  Enquadrada pelo Comando Geral das Reservas e Mobilização Nacional, sua estrutura é paralela e não subordinada às forças armadas e destina-se a defender o Partido Socialista Unido da Venezuela (seriam as SS venezuelanas?). Na prática, funciona como um contrapeso político às forças armadas.

  - aquisição de um lote  3 submarinos russos que pode chegar a 10, classe Amur, de 1750 toneladas, propulsão diesel elétrica, capazes de operar em qualquer tipo de mar (exceção dos glaciares), equipados com 4 mísseis leves de cruzeiro, 10 mísseis antiaéreos e 18 torpedos pesados de 533 milímetros;

  - modernização e atualização tecnológica de 2 submarinos  de fabricação alemã;

  -aquisição e ou revitalização de 138 navios de diversos tipos;

  - aquisição de um lote de 800 viaturas blindadas russas, BTR-90, 20 toneladas,  sobre rodas, equipadas com canhões rápidos de 30 milímetros, velocidade de 110km/h. Essa compra pode alcançar 1000 veículos, com as 200 unidades suplementares destinadas ao transporte de tropa;

  - aquisição de 100.000 fuzis automáticos russos kalashinikov, AR-103;

  - aquisição de 24 super-caças Sukhoi-30, com investimento de US$ 800 milhões, ponta de lança de um ambicioso programa que pode chegar até 150 supersônicos;

  - aquisição de 53 helicópteros de ataque russos (modelos MI-17, MI-35 e MI-26);

  -  aquisição de 10 aviões de transporte CASA 295;

  -  aquisição de 2 aviões de patrulha marítima CASA 235;

  - aquisição de 600.000 bombas, comuns e inteligentes, guiadas a laser ou  por GPS, compradas da Europa;

  - negociação de 10 radares de defesa aérea com a Suíça e de 3 estações de radar tridimensional YPR, com a China, como parte de um programa de US$ 150 milhões para a defesa aérea;

  - mísseis antiaéreos e de longo alcance.

Será que todo esse aparato militar destina-se apenas a se por a uma possível invasão norte-americana? Parece pouco provável.

A modernização e ampliação das forças armadas venezuelanas tem um importante subproduto político: o apoio incondicional dos seus integrantes à loucura bolivariana e o suporte para um longo período ditatorial.

Chaves, na sua luta messiânica de implantar na América Latina o socialismo do século XXI, não tem pejo de fazê-lo apenas no campo  da doutrinação ideológica. Apóstolo de um credo retrógrado, que nem o grande Simon Bolívar foi capaz de concretizar, sonha unir os povos latino-americanos sob sua influência e poder, de forma pacífica ou cruenta, como recentemente ameaçou, unilateralmente, intervir militarmente na Bolívia para apoiar Evo Morales.

Seria o caso de se perguntar qual seria a atitude brasileira face à essa loucura política, junto às nossas fronteiras.? Iríamos tolerar, como disse o próprio Chaves, um novo Vietnã em área diplomática do nosso interesse imediato?

Arvorando-se portador de uma mensagem salvadora, messiânica, de redenção das populações miseráveis, metamorfoseia-se  em polícia hemisférica apoiando os que lhe são fiéis e combatendo os que se lhe opõem. Começa a apresentar as garras de todo caudilho: a autoconfiança, a prepotência, a propriedade da verdade absoluta e a firme convicção de que os fins justificam os meios.

A Venezuela tem pendências históricas com a Colômbia e a Guiana e tornando-se uma potência militarista e expansionista pode ser tentada a resolvê-las pela força das armas.

A médio prazo está criado um clima de grande instabilidade e apreensão ao norte do continente sul-americano.

E o Brasil como se situa nesse desafiante contexto?

Diplomaticamente, temos demonstrado uma enorme inaptidão  e fragilidade para exercer o poder que temos. Quase  que caminhamos a reboque das idéias de Chaves. Todos os seus grandes projetos e iniciativas - Mercosul, gasoduto sul-americano, banco do sul - mesmo contrariando interesses brasileiros, vêm encontrando guarida e boa vontade na nossa diplomacia, o que só faz crescer a força pessoal e política do caudilho no hemisfério, em detrimento da tradicional influência brasileira.

Militarmente, é ainda mais crítica a nossa situação e, talvez, isso possa explicar a submissão da diplomacia, que não tem a respaldá-la uma  força militar dotada de real capacidade dissuasória.

A ameaça da Venezuela não se restringe apenas à parte norte do país, Roraima em particular. O núcleo vital, Brasília incluída, estará ao alcance dos seus aviões supersônicos, que terão a certeza do sucesso dos seus ataques e incursões pela fragilidade da nossa defesa antiaérea e meios aéreos de interceptação.

Os modernos BTR-90, que mobiliarão as unidades de reconhecimento e mecanizadas venezuelanas, não encontrarão pela frente resistência de vulto e a possível incursão ao longo da espinha dorsal da BR-174 será um verdadeiro passeio.

No mar, o núcleo vital do País, suas plataformas de petróleo e o intenso e fundamental comércio marítimo brasileiro ficarão seriamente ameaçados pelos modernos submarinos Amur, que terão pela frente uma tímida resposta da nossa Marinha.

E por que chegamos a esse  quadro catastrófico e, infelizmente, muito longe de hipotético.?

Porque há um quarto de século as forças armadas brasileiras vêm sendo menosprezadas e contempladas com baixíssimas prioridades, se é que alguma existe, pelas ações governamentais indiferentes às possíveis ameaças e incapazes de estabelecerem e executarem uma política de defesa consentânea com os objetivos de segurança do Brasil. A falta de visão estratégica   dos nossos dirigentes é abaixo da crítica.

É vergonhoso, desestimulante e quase desanimador  o quadro catastrófico revelado nos  recentes depoimentos, no Congresso Nacional, pelos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Em linguagem bem crua e real as nossas forças armadas estão muito aquém, não têm condições de cumprir as suas missões constitucionais de garantia da soberania e integridade territorial brasileiras.

Revanchismos, pequenez política, oportunismos, roubalheiras, politicagens, ausência de uma postura de estadista do comandante-em-chefe têm concorrido para as baixíssimas prioridades dadas às forças armadas, impedindo-as de realizarem investimentos que promovam a sua modernização e atualização tecnológica. O pouco que recebem é para a sua vida vegetativa. E se existe uma lição que todos temos que apreender é que forças armadas não se improvisam e relegá-las a plano secundário  é correr o inaceitável risco da derrota. Como hoje se encontram, melhor seria chamá-las de forças desarmadas.

É forçoso que o brasileiro em geral e as elites dirigentes em particular tomem conhecimento do estado deplorável, vergonhoso e das enormes fragilidades em que se encontram as suas forças armadas e que, quando empregadas, o verdadeiro ônus do despreparo e do provável insucesso  recaia no governo, na figura do comandante-em-chefe, na  qual o Presidente da República está investido.

O quadro atual parece mais caótico do que aquele vivido nos primórdios da Guerra do Paraguai, quando tivemos que amargar a vergonhosa capitulação de Uruguaiana e promover a reorganização e o reequipamento da Marinha e do Exército quando o inimigo já pisava o solo pátrio.

Mestra nos seus ensinamentos, a história registra o mal que figuras totalitárias e caudilhescas, como a do Sr Hugo Chaves, fazem aos seus países e à humanidade.

Mais do que nunca, o Brasil não pode menosprezar o perigo venezuelano.

* Gen Ex Refm.  Luiz Gonzaga Schröeder Lessa


11.10.08

Perdeu, perdeu.

Ao desgoverno não interessa a abertura dos arquivos do periodo militar pois os criminosos que se ocultam em suas entranhas seriam condenados e perderiam as benesses que imoralmente recebem dos cofres publicos. A desfaçatez dos criminosos impunes do desgoverno é de pasmar como bem vislumbrou o Coturno Noturno:

"José Dirceu, o chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão, que participou da guerrilha, de seqüestros e de assaltos a banco, fugindo incólume para Cuba enquanto seus companheiros davam a vida pela causa, que fez uma cirurgia plástica para mudar a cara e voltar clandestino ao Brasil, onde casou e mentiu durante anos para a mulher e o filho, revelando a sua real identidade no dia em que saiu a anistia, dando um chute no traseiro dos parentes e indo embora, o Pedro Caroço, o corrupto, declarou hoje, sobre o Coronel Brilhante Ustra: "Se fez justiça. Não é uma punição, é uma condenação moral. O Estado reconheceu que é importante que reabra a questão. Nós sabemos que estes crimes são imprescritíveis pelas leis internacionais. A condenação moral é muito importante, é algo fantástico, e eu espero que seja mantido nas outras instâncias da polícia".
Quero ver José Dirceu preso pelos crimes do mensalão. Ele perdeu os direitos políticos no regime militar e perdeu os direitos políticos em plena democracia, provando que criminoso é criminoso em qualquer regime."


9.10.08

VOCÊ É BRANCO? CUIDE-SE! VAI TER QUE PAGAR A CONTA

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    Ives Gandra da Silva Martins*

    Hoje, tenho eu a impressão de que o 'cidadão comum e branco' é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional , a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se auto-declarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

    Assim é que, se um branco, um índio ou um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

    Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nesta exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados.

    Aos 'quilombolas' , que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

    Os homossexuais obtiveram, do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef, o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências, algo que um cidadão comum jamais conseguiria.

    Os invasores de terras (MST e outros movimentos congêneres), que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem este 'privilégio', porque cumpre a lei.

    Desertores e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' àqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

    E são tantas as discriminações, que é de se perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

    Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.


    ( *Ives Gandra da Silva Martins é renomado professor emérito das universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo ).

    

25.9.08

Bafômetro condenado e pardais desligados no Rio

Juiz de Campos arquiva processo contra caminhoneiro preso acusado de dirigir alcoolizado

Os governantes não serão uma névoa que um dia manchou a história desta terra


“Os povos indígenas, os sem-terra, os sem-teto, os desempregados, os meninos e meninas de rua, os trabalhadores escravos, os aposentados desrespeitados em sua dignidade, toda a população marginalizada tem uma bandeira única para os Outros 500, que é a transformação desse sistema que nos oprime."
Veja nos mapas a
dimensão da loucura do CIMI (Conselho Missionário Indigenista), da CNBB, do Conselho Mundial das Igrejas, de diversos governos estrangeiros e milhares de ONGs internacionais e nacionais que já toma conta de 13% do território nacional. Será a vingança por Portugal ter descoberto do Brasil, trazendo para nós a civilização européia cristã. Essa é a longo prazo a perspectiva indigenista para nosso País..Leia aqui

18.9.08

Liga da Defesa Nacional - convite

A Diretoria da Liga da Defesa Nacional / RJ, dando prosseguimento ao seu Ciclo de Palestras, tem a honra de convidar V.Exa/V.Sa, para a palestra do Professor John Wesley Siqueira, sobre o tema: "Hegemonia Americana" a ser realizada às 17 horas no dia 24 de setembro de 2008, em sua sede à Av. Augusto Severo nº 8 sala 304 – Lapa - RJ.
 
 

 

 

14.9.08

Palestra e aniversário

Palestra e aniversário (LDN).

Prezado amigo(a),
Retransmito o convite da nossa Vice-Presidente.
Terei muito prazer em recebê-lo(a) na nossa sede (Av. Augusto Severo, 8 / 304 - Lapa - RJ). Venha assistir a palestra e comemorar o aniversário da LDN.
A reunião(e palestra) será no dia 24/set às 17h na sede da LDN.
Um abraço,
Rosewelt (Diretor de Divulgação)


Vamos ficar devendo nestas resenhas as fotos das escolas que visitamos na Corrida do Fogo Simbólico da Pátria , espero que até o dia de nossa reunião - dia 24 , elas já nos tenham sido entregues.

Lembre-se a palestra é do Professor John Wesley Siqueira que nos brindará com a palestra cujo tema é 'HEGEMONIA AMERICANA" , o convite será enviado amanhã via email e por correio a aqueles que não tem seu cadastro online.

Neste dia vamos comemorar os 92 anos de nossa LIGA DA DEFESA NACIONAL , teremos um bolo e um pequeno coquetel , a alegria vai rolar.

VAMOS COMEMORAR , ESTOU AGUARDANDO TODOS VOCÊS.
TEMOS MUITO A FESTEJAR..

Até lá.

Mirian Kátia Perolla
Vice-Presidente Executivo

13.8.08

Exercito Brasileiro

COMO DEVERIA SER ORGANIZADO?

            COMO DEVERIA SER EQUIPADO?

                       COMO DEVERIA COMBATER?

 

A História está cheia de exemplos de derrotas de bons exércitos que pararam no tempo. Durante uma guerra, os exércitos evoluem se ainda tiverem oportunidade, mas a deusa da vitória só sorri para quem, se antecipando, soube quando, por que e como mudar.

Querendo preparar o nosso Exército para vencer nas guerras que podem acontecer , devemos primeiro identificar quais as ameaças à nação que possam justificar uma guerra, em que tipo de guerra teríamos que lutar e, finalmente como poderíamos vencer tal guerra.

 

 

Exércitos servem para garantir, pela força, os objetivos nacionais. Isto só funciona se for forte suficiente e adequado ao tipo de luta que se pode prever.

Ainda que os Objetivos Nacionais devam ser definidos pelos governos, todos conhecem alguns deles que necessariamente devem ser garantidos pela força: a Independência; a Integridade Territorial, a Autonomia em face de pressões militares e a Ordem Interna. Consideramos que não existe ameaça à Independência. A independência é um fato consolidado e irreversível. Entretanto quanto aos outros objetivos...

 

Até a década de 60, a Amazônia não era motivo de preocupação.
Era tida como Região Amortecedora — na nossa Geopolítica e na de alguns “brasilianists” norte-americanos. A partir de então, os oficiais em serviço na área iniciaram a detectar sinais de perigo

     Mesmo para os desavisados a Amazônia passou a ser algo mais do que uma região ocupada por uma densa floresta tropical em 1986, quando
milhares de cidadãos europeus assinaram documento que foi submetido ao
Congresso Constituinte no Brasil com a intenção de que fosse
incorporado ao texto da Carta Magna que estava sendo elaborada, dando às
tribos indígenas o status de Nação. Na década de 90 as pressões internacionais atingiriam um grau alarmante.

 No ocaso da Guerra Fria, já estava evidente que a ameaça estava ao norte, e não partia de nossos vizinhos, mas de povos mais evoluídos contando com forças muito superiores. Para esta última hipótese, estudos do Estado Maior mostravam nossa completa inferioridade não só de efetivos como principalmente de armamentos e tecnologia

 

 Reconhecida como principal, ameaça, a ambição estrangeira pela Amazônia, evidenciou-se que entre os cenários possíveis haveria o de confronto militar. Os dois sub-cenários mais prováveis: a secessão de terras indígenas apoiadas pelas grandes potências ou a simples tomada a “manu militari” para se apoderar de matérias primas, sempre nas desabitadas mas altamente mineralizadas serras do norte da Amazônia.

Obviamente que, em qualquer dos casos, enfrentaríamos um inimigo infinitamente superior, impossível de vencer em campo raso, que contará com supremacia aérea e naval e ainda terá ao seu lado as tribos indígenas industriadas pelas ONGs.

No caso de secessão de terras indígenas, mesmo apoiadas militarmente por países desenvolvidos, a guerra provavelmente se circunscreveria às terras do norte da Amazônia. No caso de agressão militar aberta, numa tentativa de quebra da vontade nacional podemos esperar bombardeios seletivos como das hidrelétricas, tomada ou destruição das plataformas de petróleo, bloqueio naval, bombardeios e mesmo tomada de cidades, centros industriais e de decisão.

 Em ambos os casos, o tamanho do território nacional impede uma ocupação total, o que significa que sempre teremos uma base para contra-atacar.

Identificada a ameaça, a boa doutrina aponta o método a ser seguido: perguntamos se a nossa organização, nossos equipamentos e nossos procedimentos conteriam a ameaça. Caso negativo, o que necessitaremos modificar nos procedimentos, equipamentos e organização para garantir o sucesso.

Trataremos aqui, para esta hipótese, apenas da preparação das Forças de Terra abstraindo a ação das demais Forças armadas e da também indispensável Defesa Civil. Mesmo limitando o estudo ao Exército, será necessário alguma “quebra” de paradigmas. Algo difícil, pois abarca aspectos de ordem cultural e requer mudanças na doutrina e nos conceitos organizacionais e operacionais, porém devemos encarar a necessidade da transformação da Força Terrestre como inevitável se quisermos vencer, ou mesmo termos uma oportunidade de dissuadir o adversário de por seus planos em execução.

 

O Exercito que temos. Como está?

Com parcos recursos o Exército Brasileiro faz grande esforço para manter algum poder de combate. 

    Tal como na maioria dos Exércitos atuais, a brigada e a divisão são os tipos de Grande Unidade permanente. – A brigada com 2 a 5 batalhões e a Divisão com 2 a 5 Brigadas, sempre com as unidades complementares de artilharia, engenharia comunicações e apoio logístico.A estrutura é flexível; seria adaptada para o combate campal se fosse dotada de material atualizado.

     Possuímos quatro divisões razoavelmente completas (ainda que dotadas de material defasado), sendo as demais incompletas. Poucas unidades e apenas uma brigada são constituídas por tropa profissional. A maioria das unidades, sujeita ao ciclo anual de incorporação e baixa dos conscritos quase nunca está pronta para o combate.  Em sua maioria os batalhões têm boas condições de montar patrulhas de combate, mas não de atuar como uma unidade em combate moderno.   

Em operações, podem ser empregadas brigadas orgânicas ou Forças-Tarefa compostas por elementos de uma ou mais brigadas, como acontece nas Forças de Paz enviadas ao exterior.

Convencido que não teria inimigos a altura na América do Sul, o Exército deu mais ênfase à mobilização do que ao pronto emprego. A dimensão do País e a experiência da Guerra do Paraguai reforçavam a certeza que, uma vez atacado, as forças vivas da nação teriam condições de reagir e montar o exército que fosse necessário. Durante um século nossas hipóteses de guerra versavam em torno da herança colonial, contra os castelhanos da Argentina ou mesmo contra uma coligação de países do Cone Sul. Para aquela guerra estávamos relativamente preparados: bastava retardar o inimigo até uma linha defensiva, agüentar lá até que o nosso potencial fosse mobilizado, quando passaríamos a ofensiva.

Isto não aconteceu. Em vez disso tivemos que enviar uma Força Expedicionária contra a Alemanha, e só conseguimos juntar uma Divisão, assim mesmo equipada pelos nossos aliados. A partir daí, com a Guerra Fria, esta hipótese foi perdendo força, avultando as necessidades da defesa interna, aliás bem sucedida, e a pressuposição que numa próxima guerra, nossa participação seria com nova força expedicionária. Que a defesa do território se resumiria a questões intestinas.

As falhas do sistema, já vivenciadas por ocasião da FEB, evidenciavam cada vez que devia ser montada com rapidez uma força expedicionária, mesmo que fosse só um batalhão em missão de paz.  Avultou a necessidade de haver tropas de pronto emprego e de mobilidade aérea para as operações internas. Mesmo carente de recursos, o Exército preparou como pode tropas de pronto emprego e criou uma aviação própria.

Para enfrentar a hipótese de confronto com forças muito superiores, especialmente nas serras do norte da Amazônia, estudos do Estado Maior mostravam nossa completa inferioridade não só de efetivos como, principalmente, de armamentos e tecnologia. Temos consciência de que uma nossa unidade militar com o armamento e o equipamento existentes, que se choque em campo raso com uma unidade dotada com armamento e equipamento modernos, se desmanchará como um pote de barro trombando com um pote de ferro. 

Nosso Exército, da forma em que está, não tem possibilidade de superar esta ameaça, quer se circunscreva às áreas ambicionadas da Amazônia quer inclua atuação nos pontos chaves do espaço ecúmeno nacional visando quebrar a vontade de resistir.

  Podemos agüentar bombardeios em nosso território, por muito prejuízo que cause. Havendo invasão de espaço povoado, até poderemos responder com guerrilhas rurais e urbanas, se as tivermos preparado com antecedência; entretanto mesmo as tropas de pronto emprego não teriam como fazer face ao poderoso inimigo em batalha campal, e a tão necessária mobilidade aérea, indispensável face ao tamanho do nosso território, é completamente inútil quando o inimigo tem a supremacia no ar.

Caso o inimigo se limite a estabelecer uma “Zona de Exclusão” no estilo que houve nas Malvinas abrangendo apenas as reservas indígenas  da fronteira (Ianomami, Raposa, Uai-Uai, Atroari e outras, - exatamente nas mineralizadas serras do norte),  reação possível somente  com as tropas existentes no local da invasão ou com as que conseguirmos levar até lá. Com certeza se repetiriam, em nossos pelotões de fronteira, episódios como o de Antonio João em Dourados, de significado moral, mas de nulo efeito operacional.

Os atuais pelotões de Fronteira são marcos da nacionalidade, mas em termos bélicos não têm maior significação; ao contrário, por não serem auto-suficientes, terão que ser sustentados logisticamente mesmo estando fora da área atacada em ocasião em que todos os meios disponíveis serão necessários em combate. Só articulando com antecedência se poderia contar com o auxílio de umas poucas tribos indígenas e principalmente dos garimpeiros.

No momento, para evitar a atuação de inimigo muito superior em apoio à independência de nações indígenas, o Exército aposta no que lhe resta: a dissuasão que possa ser provocada pela certeza de que faríamos uma guerrilha infindável na selva, estratégia denominada “de resistência”; transfere toda a tropa que pode para a Amazônia, mas ainda está longe de ter a força necessária nas proximidades das serras da fronteira, o verdadeiro teatro das prováveis disputas, onde se encontram as cobiçadas jazidas de minérios estratégicos.

Considera-se inevitável a supremacia aérea inimiga. O bloqueio aéreo dos rios e estradas nos impedirá de levar para lá um só batalhão sem atravessar centenas de quilômetros de selva. Isto significa que deveríamos estar lá antes da guerra.

Resumindo: Exército tem boas condições de superar as ultrapassadas hipóteses de Guerra e de atuar ceficazmente na segurança interna, mas está com o dispositivo, a organização equipamento e armamento inadequado para enfrentar as principais ameaças que podemos vislumbrar.

  

Muito bem, e daí? – Qual o próximo passo?  

Antes de pensarmos qual o tipo de Exército que nos convém, façamos algumas considerações sobre a natureza das guerras na atual conjuntura.

Dia a dia as armas são aperfeiçoadas e novas aparecem. Os mísseis, cada vez mais portáteis se revelam eficazes contra aeronaves, contra pessoal e principalmente contra carros de combate. A situação destes últimos se assemelha a do cavaleiro medieval quando do aparecimento do mosquete; pensava-se que ainda haveria muitas flechas e lanças, e que a armadura deveria ser conservada. Foi necessário um século de perdas sangrentas para aprender que o mosquete era o novo rei. O mesmo acontece agora; a mobilidade continua importante, a blindagem não.  Os exércitos modernos (ainda não é o nosso caso) podem identificar alvos pela assinatura eletrônica, pelo calor e podem destruir qualquer alvo identificado.  Em conseqüência, as armas devem ficar longe da guarnição, manejadas por controle remoto ou então não apresentar alvos compensadores ou ainda se deslocar rapidamente após o tiro.

Devemos também considerar que, com a ampliação das áreas urbanas, a concentração das riquezas e nós de comunicação nas cidades, o combate tende a ser cada vez mais em ambiente urbano. Será vantajoso reavaliar a organização e o equipamento criado para o combate campal na hipótese dos combates se desenvolverem predominantemente em cidades.

Já no presente, com as armas acionadas por controle remoto, e cada vez mais no futuro as armas serão dotadas de sensores que apontarão e decidirão quando atirar. Algumas elementares (minas e armadilhas) são empregadas desde muito tempo, mas o futuro nos promete a grande ampliação do uso de armas com sensores que decidirão por si quando atirar ou explodir. Muito da camuflagem será o como “enganar” os sensores.

Por fim, pode-se esperar que os alvos serão fugazes; as situações evoluirão com muita rapidez e as comunicações não serão confiáveis, tal o espectro de interferências. Em conseqüência dificilmente haverá oportunidade de informar novos dados para receber ordens. Desta forma  valerá a iniciativa, boa ou não, dentro de um objetivo geral tipo “fazer algo que ajude a ganhar a guerra”.

 A História está cheia de exemplos de derrotas de bons exércitos que pararam no tempo. De exércitos que se prepararam para a guerra que passou. Durante a guerra, os exércitos que não cedem podem evoluir, mas a guerra de hoje pode não ser longa suficiente. A deusa da vitória sorri para quem, se antecipando, soube quando, por que e como mudar.

Já reconhecemos como principal a ameaça de ataque de forças muito superiores, e selecionamos os dois principais cenários: a secessão de terras indígenas, guerra necessariamente circunscrita ainda que apoiada pelas grandes potências, ou a simples tomada por estas, a “manu militari” das mineralizadas serras do norte da Amazônia. Já vimos que, neste caso tenderia a haver ações inimigas no restante do território visando quebrar a vontade nacional por bombardeios seletivos como das hidrelétricas e a tomada ou destruição das plataformas de petróleo e mesmo tomada de cidades centros industriais e de decisão.

Obviamente que, em ambos os casos, enfrentaremos um inimigo que contará com supremacia aérea e naval, impossível de vencer em campo raso.

Considerando que não poderemos vencer exércitos muito superiores em campo aberto, nos resta a selvas e as cidades, que reduzem de muito a eficiência dos equipamentos superiores e são reconhecidamente locais adequados à defesa. Nas cidades contaríamos com o auxílio da população. Na selva, nossa superioridade de conhecimento do terreno fica diminuída  se o inimigo tiver ao seu lado as tribos indígenas industriadas pelas ONGs.

 Também concluímos que dificilmente conseguiríamos deslocar tropas para o local da invasão. Sabemos também que é impossível uma ocupação total do território nacional, e que sempre teremos uma base para contra-atacar. Articulando com antecedência, se pode conseguir, nas serras da Amazônia a cooperação de umas poucas tribos indígenas e principalmente dos garimpeiros.

Resumindo: Já que o nosso dispositivo, nossos meios e nosso procedimento se mostram inadequados para enfrentar as ameaças que identificamos, devemos adaptá-los o quanto antes. Conseguindo em tempo útil talvez até possamos evitar a guerra. Enquanto nossas forças forem reconhecidamente inuficientes, deixam de ser um elemento de dissuasão e passam a ser mais um atrativo.

 

O Exército que precisamos

Recordando:

Considerando que, na hipótese de combatermos exércitos muito superiores, não poderemos enfrentá-los em campo aberto. Nos restará a selva, que reduz de muito a eficiência dos equipamentos superiores e as cidades, reconhecidamente locais adequados à defesa e onde a população é brasileira.

Sendo a guerra circunscrita à área em disputa, ou seja, abrangendo as reservas Ianomami, Raposa-Serra do Sol, Uai-Uai Atroari-Uaimiri, (exatamente nas mineralizadas serras do norte) a guerra será na selva, mas o bloqueio aéreo dos rios e estradas nos impedirá de levar para lá um só batalhão sem atravessar centenas de quilômetros de selva. Isto significa que devemos estar lá antes da guerra. Caso a guerra se estenda além da área ambicionada certamente haverá bombardeios e ocupação de cidades, especialmente as portuárias, exigindo também uma adequação  para a nova situação

 

Baseado nessas premissas, proporemos:

1-     Alterações no dispositivo

2-     Alterações no recrutamento e formação

3-     Alterações na organização

4-     Alterações nos armamentos e equipamentos

5-     Alterações nos procedimentos de combate

 

1 – ALTERAÇÕES NO DISPOSITIVO

Objetivo: localizar a tropa para fazer face à ameaça

Considerando que a principal ameaça estará nas serras do Maciço Guianense (as serras que separam nosso País dos vizinhos do norte), é lá que devemos reunir, com o máximo de antecedência, as tropas de combate especializadas e as de apoio, também especializadas à região. Como exemplo, nas áreas Ianomami e Raposa-Serra do Sol, os atuais pelotões de Fronteira necessitam ser transformados com urgência em tropas de combate. Penso ser factível no momento transformá-los em Companhias Especiais, com quatro pelotões de Infantaria de Selva e um pelotão de defesa de base, que é o atual pelotão de Fronteira. Outras companhias necessitam ser criadas nas áreas Tiriós, Uai-Uai e Atroari. Essas Companhias Especiais devem preparar a guerra no local, estocando gêneros e munição em locais ocultos e se ligando com antecedência com garimpeiros e índios leais. Cada pelotão de Selva, com quatro grupos de combate, e deve ser dotado de mísseis portáteis, inclusive anti-aéreos. Estas companhias “de emboscada” devem ter condições de desenvolver operações independentes, juntamente com seus aliados índios, caboclos locais e garimpeiros.

A massa das tropas de combate que não forem localizadas na região onde se espera o combate seja localizada nas cidades que forem mais ameaçadas (Belém, Manaus, Boa Vista, Brasília, Rio, Salvador etc.), e  especializadas, em combate em localidade.  Nas proximidades da sede dos Comandos Militares de Área um batalhão de comandos pára-quedistas e da Capital Federal também um de Operações Especiais.

Excelente medida já foi a criação de Bases Logísticas, liberando  tropas para saírem e atuar em outros locais.

 

 

 

2 - ALTERAÇÕES NO RECRUTAMENTO E FORMAÇÃO

                                     Objetivo: Ter tropas sempre prontas para uma reação imediata e reservas para uma ação prolongada.

Considerando que, nas atuais condições, nossas tropas são pouco mais do que escola de recrutas, os quais só estarão treinados no final do ano de instrução, e assim permanecerão por poucos meses; considerando ainda que os quadros, empenhados na instrução de recrutas e na administração têm pouco tempo e pouco estímulo para exercitar sua função primordial, qual seja, - bem comandar sua fração em combate, -  a mudança se faz necessária quer no recrutamento, quer na preparação dos soldados e dos quadros.

 2.1 – Recrutamento e formação de soldados

Por muitas razões, nos convém o recrutamento universal. Entretanto, a pequena quantidade de conscritos que podemos incorporar anualmente não passa de 0,5% dos rapazes em idade militar. É necessária uma reformulação, não só para que seja recebida alguma instrução militar, mas para que seja incutida e cultivada a noção de Pátria e dos valores indispensáveis à nacionalidade.

A solução são os “Tiros de Guerra”. Será fácil estabelecê-los nas cidades, um por cem mil habitantes. Isto atenderá a 10% dos jovens, o que ainda é pouco mas bem melhor do que os atuais 0,5%. É óbvio que os reservistas/atiradores terão melhores condições de, liderados pelos próprios diretores do Tiro de Guerra, de desencadearem guerrilhas em seus locais de formação do que se não tivessem alguma instrução militar.

A incorporação na tropa, para voluntários, só após o Tiro de Guerra. Como o uso de armamento moderno não é assunto para amadores, nos parece conveniente o engajamento mínimo de três anos, mas na tropa não mais será necessário perder tempo com os ensinamentos elementares de ordem unida, armamento individual e procedimento em situações diversas. A tropa passa a ser tropa e não escola de recrutas como na atualidade. As escolas de recrutas seriam os Tiros de Guerra.

2.2 – Recrutamento e formação de sargentos e de oficiais temporários

O ideal é transformar os CPOR em Centros de Preparação de Quadros da Reserva – CPQR. Um por Região Militar. Estes formariam sargentos temporários no primeiro semestre e oficiais temporários no segundo.

Livres da formação básica militar, já que seria requisito para a matrícula o serviço no Tiro de Guerra, (com ingresso mediante concurso) o CPQR ensinaria a ser sargento, e em função específica. Todos os terceiro sargentos seriam temporários. A partir de 3 anos de sargento poderiam fazer concurso para o Curso de Aperfeiçoamento, na ESA, onde, concluído o curso, seriam promovidos a segundo sargentos a passariam a profissionais, de carreira. Assim o Exército teria todos os terceiros e segundos sargentos que necessitasse, sem se preocupar com o gargalo nas promoções.

Analogamente no segundo semestre seriam formados os oficiais temporários. Requisitos para prestar concurso: ter concluído o curso de sgt e sido aprovado em um vestibular. Tal como no curso de sargentos, a formação será para funções específicas, a partir dos ensinamentos aprendidos nos cursos de sargento (cobrados no concurso).  

Na tropa não haveria recrutas. Isto nos permitirá que a mantenhamos  permanentemente em condições de pronto emprego, livrando-as da atual função de serem pouco mais do que escolas de recrutas, ao contrário da situação atual, em que as tropas só estão em condições de emprego poucos meses por ano.

2.3 Recrutamento e formação de oficiais de carreira

Ter cursado um Tiro de Guerra deve ser um dos pré-requisitos para os candidatos á Escola Preparatória, que equivaleria a um curso de sargentos no CPQR. Para o ingresso, uma média ponderada da prova intelectual com um exame psicotécnico que possa medir a vocação guerreira. Um chefe militar não pode ter como aspiração uma carreira dedicada à burocracia de tempo de paz.

 Quando a pátria está em perigo, todos entram na luta, mas o sucesso é mais difícil quando ela não é conduzida por guerreiros vocacionados.

 

3 - ALTERAÇÕES NA ORGANIZAÇÃO

                                 Objetivo: adequar a organização para aproveitar ao máximo as inovações tecnológicas e as particularidades do terreno de selva e do ambiente urbano, onde se espera a busca das decisões.

 

A aceitação cega da tradição faz com que, muitas vezes, os militares não percebam que a situação mudou. Um exemplo disto foi a lenta morte da cavalaria hipomóvel, muito depois de sua obsolescência no campo de batalha.                                 

Nosso sistema de organização em armas e serviços, herdados da História, já deixou de ser útil desde que a complexidade da organização impôs idênticas funções em muitas tarefas das diferentes armas e serviços atuais. Assim, o soldado que maneja uma metralhadora tem a mesma função na atual Infantaria, Cavalaria ou Intendência, não se justificando mais estarem “presos” a uma arma ou serviço. Tratando-se de graduados e de oficiais, mais ainda se acentua a possibilidade de “intercâmbio”, chegando ao auge entre oficiais de Estado Maior, cujo ecletismo felizmente é adotado nas Grandes Unidades.

Sendo o atual sistema de armas e serviços ultrapassado e passível de aprimoramento, sugerimos que as unidades sejam definidas por sua finalidade e, seus componentes, por especialidade. Assim haveria unidades de assalto, de choque, de guerra urbana, de guerra na selva, de reconhecimento, de apoio de fogo, de apoio ao movimento, de apoio logístico, de guarnição e o que mais for necessário. As especializações de pessoal que forem comuns se tornam intercambiáveis nos diversos tipos de Unidades.   

Além da organização geral, o Estado Maior deverá estudar a adequação de todos os escalões, a começar pelos elementares. Como exemplo vejamos o Grupo de Combate. Considerando que a moderna psicologia de combate nos indica que normalmente, em cada agrupamento reunido apenas um homem combate e os outros acompanham,­ convém seja criada uma fração elementar de três homens, que é o menor grupamento com psicologia de grupo. Esta fração só pode ser a esquadra, certamente a ser comandada por um cabo.

 Em conseqüência o grupo de combate ficará composto por três esquadras de três homens cada. A partir daí, cada escalão deverá ser adequado ao ambiente, visando à futura necessidade que terão de agir muitas vezes sem ligação com os escalões superiores e, o quanto possível, sem cauda logística.

Naturalmente o Estado Maior do Exército terá que estudar a organização conveniente para todos os escalões, e o respectivo equipamento.

 

4 - ALTERAÇÕES NOS  ARMAMENTOS E EQUIPAMENTOS

                                 Objetivo: Aproveitar as evoluções tecnológicas no que estiver ao nosso alcance, cuidando de minimizar os efeitos da superioridade tecnológica do inimigo

Ameaçando a utilidade das armas tradicionais, as novas armas
ameaçam fazer uma revolução na guerra, que corre paralela à evolução das táticas.

Houve um momento na história em que o tiro do mosquete varou a armadura do cavaleiro. Isto foi reconhecido de imediato, mas se pensou que ainda haveria muitas flechas e que valeria a pena manter a couraça. A mobilidade continuou importante, mas a armadura não. O mesmo acontece hoje com a blindagem face aos mísseis, cada vez mais portáteis, e a ameaça aérea, esta capaz de varrer completamente o carro de combate do campo de batalha. Em nossa hipótese de guerra contamos que o inimigo terá a supremacia aérea. Contamos também que poderá atingir, com mísseis guiados por GPS, o que quer que tenha sido localizado pela imagem, pelo som, pela assinatura eletrônica e outros meios.  E teremos que nos adequar a esta situação.

O rumo da adequação passa pela camuflagem, pelo uso de túneis e subterrâneos, pelos alvos simulacros para atrair o fogo inimigo, pela mobilidade e pelas armas distanciadas das guarnições, neste caso aceitando sua destruição depois de cumprida sua tarefa. Para enfrentar a ameaça aérea, mísseis adequados e dispersão. Veículos maiores serão armadilhas mortais. Podem ser usadas motocicletas, dentro do “conceito dragão”, isto é deslocamento motorizado e combate a pé. A maior viatura imaginada para o ambiente descrito é o “boogie” ou bugre como chamado em alguns locais, armado com um poderoso míssil.

 

O primeiro cuidado será com a adequação do equipamento individual. Tal como o armamento, o equipamento atualmente usado foi pensado para o uso no campo.  O armamento ideal de uma esquadra de três homens seria um míssil portátil, um fuzil 762 de precisão com luneta e um FM. Com o homem do míssil, ainda uma submetralhadora, que continua sendo a melhor arma para o combate aproximado. É verdade que isto complica a logística. Complica, mas facilita o combate. O tiro de precisão a longa distância é o mais mortífero e o que causa maior efeito moral. O FM é a base do poder de fogo. Melhor que seja de calibre 556 para poder ser transportada mais munição, diminuindo a necessidade logística. O míssil portátil uma vez disparado com sucesso terá cumprido sua finalidade e o soldado ainda terá a sua submetralhadora, que continua sendo a melhor arma para o combate aproximado. Tudo fácil de ser fabricado. Mísseis elementares são de fácil fabricação por qualquer fabricante de fogos de artifício. A Avibrás está em condições de igualar os melhores do mundo, os Karl Gustav suecos, e de planejar e fabricar mísseis maiores, capazes de fornecer eficaz apoio de fogo e contra-bateria. Obviamente necessário para este tipo de guerra, o desenvolvimento de minas e outras armas acionadas por controle remoto.

Quanto ao ambiente urbano, pensar em armas com jogo de espelhos que permitam o tiro com o atirador abrigado por uma esquina. Substituir as ferramentas de sapa, inúteis nas cidades, por picaretas de minerador ou algo similar para abrir paredes. Importante equipamento: extintores de incêndio.

Quanto ao armamento das demais tropas especializadas, é só seguir a mesma metodologia. Em todos dar especial ênfase a armas que possam ser acionadas de longe, por controle remoto ou mesmo com sensores que acionem o disparo ou a explosão.

 

 

5 - ALTERAÇÕES NOS PROCEDIMENTOS DE COMBATE

                                     Objetivo: entender a forma de luta com a qual possamos vencer um exército superior e tecnologicamente mais avançado.

A primeira das premissas da guerra que prevemos: o inimigo terá supremacia aérea.

A segunda premissa: as nossas comunicações não serão confiáveis ou mesmo serão impossíveis

A terceira premissa: a superioridade de fogo do inimigo tornará inconveniente o enfrentamento onde as condições geográficas não limitem a eficácia do armamento superior.

Em conseqüência, neste contexto, pouco adiantaria apenas dotarmos algumas brigadas com material moderno; mas devemos evitar o combate campal, levar a guerra onde a superioridade inimiga possa ser reduzida ou neutralizada por fatores ambientais, ou seja as cidades e as florestas.

É necessário o intenso uso de minas e de armas acionadas a distância. Contra elas é difícil a defesa e os contra-ataques destruirão armas mas não causarão baixas. Acima de tudo será necessário desenvolver uma forte doutrina que privilegie a iniciativa.

Sabemos que em ambiente onde haverá interferência contínua nas comunicações, onde será impossível de haver sigilo, as comunicações não serão confiáveis e as ordens recebidas podem ser apenas um engodo da interferência eletrônica do inimigo. Os alvos fugazes e as situações fluidas tenderão a exigir ação imediata, não comportando a espera de nova orientação. Isto exigirá iniciativa em todos os escalões. Claro, algumas iniciativas serão erradas e até podem causar dano, mas no seu conjunto será altamente vantajoso. Esta é a única forma de enfrentar esse tipo de guerra.

Aos comandantes, nos vários escalões, caberá dar a orientação geral. Num ambiente fluído, onde as comunicações serão inexistentes ou  inconfíáveis, apenas a capacidade de decisão dos combatentes poderá ser usada para aproveitar as oportunidades de reagir em tempo útil. Isto é uma nova forma de disciplina, muito mais consciente a que teremos que nos acostumar.  

 

Talvez o nosso País não tenha escolhido ser potência; certamente também não é por sua vontade que é objeto de cobiça, - isto tudo é uma imposição da geografia. O desafio com que hoje nos defrontamos é escolher entre defender o que é nosso ou desistir de aproveitar as benesses em minérios com que o Criador nos brindou

 Já dizia o grande Bismarck: “Riquezas minerais em terras de povos que não querem ou não podem utilizar deixam de ser vantagens para se tornar um perigo para seus detentores”.

Direitos, sabemos que o Brasil tem sobre seu território. Aqui cabe uma expressão do nosso Ruy Barbosa:

 PAÍSES QUE CONFIAM MAIS EM SEU DIREITO DO QUE EM SEUS SOLDADOS, ENGANAM A SI MESMO E CAVAM SUA RUINA”


MG

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