8.7.13
Inteligencia Militar
INTELIGÊNCIA MILITAR
“Malandro é malandro, Mané é Mané...”
Bezerra da Silva
Waldo Luís Viana*
Nenhum
país do mundo que se preze tem menos de dois serviços secretos. Israel
tem cinco e os Estados Unidos têm o mesmo número, distinguindo-se a
ultrassecreta Nasa militar, repartição oculta da Nasa civil, tão
admirada, no mundo inteiro, por suas proezas espaciais. Foi essa agência
encarregada do famoso projeto “Guerra nas Estrelas”, escudo antimísseis
continental que pôs a pique a União Soviética e todo o sistema
comunista, então vigente no Leste Europeu, que se desfez em 1989.
O
sempre desmoralizado pela esquerda internacional o presidente Ronald
Reagan liquidou o muro de Berlim e precipitou a queda do regime
soviético, então dirigido por Mikhail Gorbachev (1992).
A
KGB, polícia secreta soviética, aparentemente dissolveu-se, e,
resgatando seus fundos secretos na Suíça, montou as máfias econômicas e
oligarquias que hoje comandam a Rússia e são simbolizadas pelo ex-chefe
dessa mesma agência, o eterno “czar” Alexander Putin.
É
assim, em rápidas pinceladas, que o mundo funciona. Mesmo nos Estados
Unidos, há uma escala de informações secretas de níveis 1 a 17 e o
próprio presidente só é cientificado até o nível cinco, porque os
serviços secretos sustentam sempre a possibilidade de que um homem,
mesmo no comando de uma Nação de força global, possa enlouquecer...
No
Brasil, porém, temos uma agência que tenta copiar os trâmites
burocráticos dos serviços secretos do resto do mundo. Apesar da
intenção, formou-se uma caricatura grotesca, constituída por servidores
públicos a ela alçada por concurso e arapongas de ocasião, terceirizados
à sorrelfa. Ambos os grupos fazem clipes de notícias velhas e
recentes de jornal e grampeiam telefones de forma atropelada. Servem
apenas informes à presidência no café-da-manhã, trazendo relatórios que
nem sempre antecipam acontecimentos, como os das últimas semanas, que
deixaram o governo perplexo e o poder vigente com a cara no chão.
Nossa
presidenta “incompetenta” gelou com a queda vertiginosa de sua
popularidade, após tantos meses de governo, mentindo sistematicamente
para o povo, tal como o seu antecessor, o Sr. Lula Rose Diamante da
Silva.
Apesar
disso tudo, porém, o Brasil ainda tem Forças Armadas, embora
pretensamente dirigidas por “machões” do Itamaraty, que cuidam
diligentemente de assegurar os parâmetros do revanchismo petista contra
os militares, chamando pomposamente a estratégia de pôr sobre controle
civil as instituições militares, através de um pretensioso mecanismo
instittucional, de Ministério da Defesa.
Defesa contra quem, se não conseguimos sustentar cinco minutos de
guerra contra qualquer inimigo externo? As Forças Armadas foram
sistematicamente desmoralizadas pelo PT e seus ex-terroristas
instalados no governo...
Examinando-se
bem, entretanto, os organogramas dessas Forças, descobriremos que estão
intactas as estruturas afirmativas de seus comandos e estados-maiores. E
aí surge um fenômeno subterrâneo, embora não oculto, que são os
serviços secretos e reservados das Forças Armadas, subdivididos em
graus, funções e missões.
Nossa
inteligência militar não foi – graças a Deus – destruída, invadida ou
desmantelada pela máquina de corrupção petista, que não conseguiu romper ou dividir os militares, em nenhum de seus escalões. Nem a tal “Comissão da Verdade”, uma pantomima macabra que apura só um lado do passado entre 1964 e 1985
pôde intimidar a atividade castrense, que se manteve altiva e
independente, apesar de todos os descalabros e a montanha de
irregularidades que temos assistido, praticados pela administração
petista há dez anos.
Aliás,
como uma ex-guerrilheira poderia fazer de outro modo? Guerrilheiros e
terroristas, que se especializaram em destruir, como é que por milagre
haveriam de construir alguma coisa? Como um governo com 39 ministérios,
30 partidos e 23 mil cargos em comissão poderia não produzir um rombo
imenso nas contas públicas e fazer retornar a malsinada inflação, de
cuja lembrança os mais velhos têm as piores e dantescas recordações?
Pois
a voz das ruas fez-se pesar e o governo petista, na sua malandragem
típica, tentou forçar as Forças Armadas a entrar na briga, gerar mais
insegurança interna e, a posteriori, os malandros de alto escalão iriam
chamar de fascistas os dois grupos, os arruaceiros reivindicadores das
ruas e os militares que os venceriam por gravidade...
Ora,
a inteligência militar, ou seja, gente especializada, criteriosa e
discreta, que sabe distinguir informe de informação, avisou ao alto
oficialato de que não deveria embarcar nessa canoa furada. O petismo não
iria se escorar em quem sempre desprezou e de quem no fundo tem medo
atávico. Afinal de contas, ex-terrorista, mesmo no governo, tem medo da
polícia e dos militares. Sempre acha que poderá ser enquadrado, como em
épocas pretéritas. Vê perigo até debaixo da cama...
“Cumpra-se
a lei” – ofereceu ao governo o conselho da inteligência militar. A
Aeronáutica sabe muito bem das viagens “imprecisas” da dona "Rose
Diamante" no Aerolula. Dos movimentos dos mensaleiros e até ofereceu
proteção especial ao ministro Joaquim Barbosa, a revelia da cúpula
governamental.
Os
mesmos que mataram o prefeito Celso Daniel já não podem fazer o mesmo
contra o ministro Joaquim Barbosa, sem que o manto da impunidade os
proteja. Os falcatrueiros que querem se manter no poder a qualquer preço
vão ter que seguir os trâmites da democracia em que eles fingem
acreditar.
A
inteligência militar está intacta, assim como a base da Polícia
Federal, que tem um contingente enorme de gente ousada e
bem-intencionada, apesar da cegueira dos delegados superiores. Sem falar nos jovens procuradores do Ministério Público que eles tentaram amordaçar a qualquer preço. Com esses grupos o petismo não poderá contar, porque os malandros foram adivinhados.
E
malandro adivinhado vira Mané. As estratégias estão se esgotando e a
nossa incompetenta presidenta e seu arsenal de prestidigitações está
praticamente liquidado. Se eles contavam com o povo das ruas – mesmo
aquele encabrestado pelo famigerado e ridículo programa bolsa-família –
já não contam mais, diante da realidade dantesca da saúde, da educação e
da segurança nas cidades brasileiras. Rodovias e circulação urbanas nem
se fale, vez que a realidade está clamando e a corda em
constrição aperta o pescoço do próprio governo.
Se
os malandros não podem contar mais com as Forças Armadas, cujos
oficiais-generais foram alertados pela inteligência do perigo iminente,
vão perceber em breve a debandada dos malandros do Congresso,
principalmente os do PMDB, que não querem também ser Manés. E plebiscito
e referendo são coisa de Manés...
Parece
que o país está mudando mesmo. O povo não acredita mais em balelas
porque já sofreu muito; os militares vão ficar de fora do processo,
alertados a tempo dos vícios do governo; os juízes, se puderem, vão pôr
mesmo os mensaleiros na cadeia, inclusive o ideólogo-mor da tentativa de
recubanização do Brasil, malograda em 1964 e 1970. Sem falar no
ex-presidente, cujos crimes e desvios vão produzir um novo Mané... Se a
tal Rose abrir a boca, sob qualquer pressão, cai a república popular do
PT.
O grupo que desejava se eternizar no poder, embora cheio de recursos dentro da Nação e no exterior, parece que não conseguirá mais lograr os seus intentos sobre as esperanças de milhares de brasileiros.
Os
dois últimos detentores do poder pensavam que nós éramos todos otários.
Mas deixaram o rabo à mostra e a inteligência militar detectou seus
movimentos promíscuos, a ponto de impedir que as Forças Armadas fossem
envolvidas em brigas alheias. É o velho ditado: em barulho de umbú,
urubu não entra...
O povo está nas ruas sem qualquer necessidade de plebiscito ou
referendo. Estamos cansados das velhas conciliações "pelo alto". Logo o
PMDB abandonará o barco "popular" do PT que vai afundar num lindo mar de
corrupção.
Mas
só saberemos mesmo que a coisa é pra valer quando o chefão e sua
quadrilha forem trancafiados e nos deixarem em paz. Será que os
malandros vão virar manés?
Tal será, para nós, o divisor de águas. Antes e depois dos chefões
trancafiados. O país espera a coragem de seus juízes, cumprindo os
cânones do bem, da moralidade e eticidade.
Em caso contrário, seremos mesmo todos manés e jamais precisaremos de serviços secretos.
Eles contavam que eram malandros, reinando por um monte de manés, mas parece que não é bem assim...
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*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e já está realmente de saco cheio.
Teresópolis, 4 de julho de 2013.
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