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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

25.12.07

MILITARES ALERTAM O POVO, SOBRE O GOVERNO LULA

Manifesto à Nação Brasileira

Cidadãos Brasileiros! Companheiros!

"... dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida".


Essas são as palavras finais do sagrado juramento à Bandeira que todo cidadão brasileiro faz ao ser incorporado às Forças Armadas.

Hoje, vemos a Pátria vilipendiada e seus valores morais sendo destruídos pela omissão e pela degradação moral que permeiam os bastidores do Poder constituído, numa afronta ao cidadão honesto e trabalhador, que já não tem exemplos a mostrar aos filhos, sobre os reais valores que devam ser cultivados.

A verdade histórica vem sendo deturpada por um revanchismo disfarçado e hipócrita, que nenhum benefício traz ao povo brasileiro. Serve apenas para confundi-lo, para desviar a sua atenção dos verdadeiros problemas do País.

As Forças Armadas, desde o governo antecessor, vêm sofrendo uma campanha de desmoralização e vêm sendo progressivamente sucateadas, para que o seu poder de reação seja enfraquecido, numa orquestração eficaz, ditada por interesses que não são os dos nossos cidadãos.

A grande massa do eleitorado, desinformada politicamente e revoltada com o caos social que tomou conta da Nação, foi habilmente trabalhada para optar por "vencer o medo", em proveito da "esperança" de reformas sociais e econômicas e de ações bem mais concretas, como a criação de novos empregos, prometidas durante a campanha de um governo que, até hoje, não se mostrou capaz de cumpri-las.

A propriedade privada, sagrado direito em uma Nação livre e democrática, vem sendo sistematicamente desrespeitada com a explícita omissão do Governo, que não age no sentido de impedir a ação criminosa dos movimentos chamados, tendenciosamente, pelas autoridades constituídas, de sociais, numa demonstração cabal de falta de autoridade ou vontade política.

A violência, rural e urbana, está completamente sem controle, e a população, refém dos criminosos, não tem mais a mínima segurança. A autoridade do Estado é posta à prova a todo o momento, levando aos marginais a sensação de liberdade de ação e de impunidade, numa escalada crescente de audácia e desafio à sociedade. Toques de recolher, fechamento do comércio e de escolas, cerceamento do direito de ir e vir demonstram sistematicamente o nível de poder do crime organizado.

O funcionalismo público está sendo responsabilizado por um déficit da previdência que, sabidamente, foi causado pela corrupção e pela incompetência do governo em gerir verbas públicas.

A impunidade, no nosso País, virou regra geral, e o crime do colarinho branco passou a ser altamente compensador.


Juros absurdos, tributos escorchantes e corrupção generalizada degradam todos os setores da Nação, inviabilizando-a no caminho do desenvolvimento, tão essencial para a geração de empregos, a qualidade de vida e a justiça social.
Pune-se o cidadão honesto em favor do sonegador e do esperto.

Leis são completamente desmoralizadas pela desobediência ostensiva e generalizada, com conhecimento e omissão do Poder Público.


Juízes e funcionários públicos de setores essenciais vêem-se na contingência de paralisarem parcialmente o Estado por meio de greves, porque colocar o Governo contra a parede configura-se como a única maneira de conseguirem que seus direitos sejam respeitados.

Com a criação de instrumentos coercitivos ditatoriais, pretende-se amordaçar a imprensa e a produção audiovisual, incluído aí o cinema.

Desarmam-se os cidadãos de bem, impedindo-os de fazer uso do recurso legal da legítima defesa, mas não se tomam as armas de guerra em poder dos bandidos.

Utilizam-se recursos de banco estatal em favor do partido político no Governo.

Como se os comensais dos palácios estivessem acima do bem e do mal, criam-se obstáculos à verificação da idoneidade de homens que exercem cargos públicos.

Pretende-se acabar com a independência dos Poderes, atribuindo-se a membros do partido-estado a incumbência do controle externo do Poder Judiciário.

Tenciona-se restringir a capacidade investigativa dos parlamentares e proibir a dos procuradores da República.

Estimula-se o culto à personalidade, na tentativa do ressurgimento de um Grande Timoneiro que, às custas do erário, divulga os seus desconhecimentos primários nos quatro cantos do mundo.

Por último, com uma visão tão equivocada que quase invade os limites de grave não-conformidade mental, pretende-se abrandar o cumprimento de penas decorrentes do cometimento de crimes hediondos!

Cidadãos Brasileiros!

Os signatários deste Manifesto, que conta com o apoio de civis patriotas e de parcela expressiva da reserva das Forças Armadas - a ativa é impedida por lei de se manifestar - vêm a, público, denunciar o atual estado em que se encontram a Nação Brasileira e a sua Instituição Militar.

Em um momento da vida nacional em que o povo mais precisa das Forças Armadas para o restabelecimento da ordem e da garantia das Instituições, fiquem certos de que elas não se acovardarão ante o processo de desvalorização dos seus integrantes e da premeditada ação de anulação de sua capacidade de reação e de cumprimento do seu dever, nem face a tentativas de implantação de regimens totalitários, contrários às nossas mais sagradas tradições.

Brasileiros, o quadro é grave.

A honra da Pátria, sua integridade e suas instituições estão definitivamente ameaçadas.
O Brasil pede socorro aos patriotas.

O honroso juramento à Bandeira exige que tomemos uma providência imediata e decisiva para que se restaure, ainda em tempo hábil, não somente a adequada capacidade operacional das nossas Forças Armadas, mas, sobretudo, o respeito às nossas Instituições, à irrestrita liberdade de expressão do pensamento, ao pleno exercício da democracia.

Só assim, teremos a capacidade de manter um Estado soberano e em condições de realizar as mudanças necessárias ao progresso e ao bem estar dos brasileiros.

Não se engane o povo com falsos argumentos de descarte do seu cidadão soldado e com falsas alegações de que não há inimigos nem guerras a serem travadas, pois se, aparentemente, não os vemos é porque ainda resta, nas nossas Instituições Militares, alguma capacidade de dissuasão.

Chegamos à crítica situação em que os profissionais militares têm de custear a saúde dos recrutas com descontos nos seus contracheques e acréscimos nas indenizações de atendimento médico-hospitalar.

Comandantes sem recursos, muitas vezes, tiram dinheiro, do próprio bolso, para evitar, por exemplo, que a sua viatura pare, comprometendo ainda mais a capacidade de sustento da família. Falta comida nos quartéis. Em última instância, até mesmo o recruta está pagando para servir à pátria.

Qualquer Nação tem, como condição para a manutenção da sua estrutura física, legal e social, a qualidade e a capacidade de ação e reação, tanto interna como externa, das suas Forças Armadas.

O processo de desestabilização de um País e o "status" de subserviência a interesses escusos e alienígenas começam, sempre, pelo aviltamento e pelo desmonte das suas Forças Armadas.

É hora de acordar. Em nome da democracia, da lei, da ordem e da manutenção das nossas Instituições, devemos agir e não calar, em atitude de omissão e covardia.

Não temos permissão para nos acomodar. Por juramento, somos obrigados a tomar uma atitude. Chega de chantagens emocionais - "quartelada", "golpe", "patrulhamentos".

Assim como, por vocação, não corremos do risco nem do perigo iminente, também não podemos, por obediência a princípios, ficar de braços cruzados diante da violação destes mesmos princípios por aqueles que também deveriam defendê-los!

Fazemos votos para que aqueles que, em dissonância com a história, ainda pretendem implantar no Brasil um Estado totalitário desistam da idéia, porque não é isso que os brasileiros querem, e, se eles não querem, nós não vamos deixar que isso aconteça.

O que todos querem é muito simples: imprensa livre, repetindo, IMPRENSA LIVRE, livre manifestação do pensamento por quaisquer meios, sem a tutela do Estado, juros e tributos razoáveis, probidade administrativa, independência dos Poderes, liberdade para investigar desvios de conduta, Forças Armadas e serviços públicos aparelhados e com o pessoal motivado, segurança pública e bandidos na cadeia, paz no campo, respeito à propriedade e Congresso soberano.

Por outro lado, se o Governo também vier a pensar como nós, pode convocar-nos para o bom combate, pois estaremos prontos.

Está dado o recado. Em nome do povo estamos prontos para o que for necessário.

BRASIL ACIMA DE TUDO!

Associação Nacional dos Militares das Forças Armadas - ANMFA

Grupo Marinheiros

Grupo Atitude Nacional

Grupo Anhanguera

Grupo Emboabas

Grupo Guararapes

Dezembro, 2007

COMENTÁRIO: Todos os governos têm este problema e aplicam a Lei, o que não ocorre aqui sob a falsa alegação dos canalhas eleitos de que não sabem de nada. Os canalhas devem ser escrachados publicamente, punidos e não merecem nenhum respeito. A banalização das instituições perseguida impunemente pelo atual DESgoverno não pode ser tolerada sob pena do agravamento do caos generalizado que hoje assistimos pela destruição dolosa do alicerce moral da Nação. DEVEMOS EXIGIR o cumprimento da Lei por todos pois ja não se respeita mais nada porque quem devia cumprir e fazer cumprir a Lei é o primeiro a rasga-la desavergonhadamente.

Postado por MiguelGCF
Editor do Impunidade Vergonha Nacional

É preciso contar a verdade à Nação,,

É preciso contar a verdade à Nação,, traidores da Pátria não têm biografias e sim Folhas Corridas. Leia na íntegra

17.12.07

Infelizmente a Impunidade é a Vergonha Nacional

Faço minhas as observações de um amigo que diz:
 
Nos últimos mêses, a Nação Brasileira assistiu, estarrecida,  a "briga" pela aprovação da CPMF. Não entrarei no mérito político da questão, nem defenderei governo ou oposição, pois são todos canalhas, tanto os que subornam, quanto os subornados.
 
Apenas afirmo, categoricamente, que nada mudará "neçe pays", pois não há falta de dinheiro, os impostos escorchantes que o digam. Falta é vergonha na cara e comprometimento nas esferas federal, estadual e municipal, onde montanhas de dinheiro público são desviados dos seus fins, diuturnamente, e ninguém é responsabilizado por nada.
 
A lei não é cumprida, particularmente nos poderes legislativo e judiciário, onde a farra com o nosso dinheiro é pública e notória e todos se locupletam. No executivo é um pouco diferente, pois quem não estiver de acordo com a "quadrilha dominante", custa a receber até ao que tem direito. Já para os apaniguados, tudo o que for possível...É muito triste e frustrante, mas é a nossa realidade.
 
Agora virão as demagogias, as negociatas etc, sempre em nome do sofrido povo brasileiro, particularmente os mais pobres, sempre defendidos a ferro e fogo pelos nossos políticos e governantes.
 
NADA  IRÁ  MUDAR....VIVA O BRASIL.

COMENTÁRIO: Infelizmente a Impunidade é a Vergonha Nacional


Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional

 

              



16.12.07

Mais um coronel de verdade

Atenção Congresso:

     Aviões da Venezuela atingem Brasília. A defesa anti-aérea é pífia. Os Carros de Combate da Venezuela chegam a Brasília como num passeio pela BR174. Resistência possível é muito pouca. Tomem jeito. Sua família agora está ameaçada diretamente. Voces, até agora, contribuiram para uma possível morte de vários brasileiros. 

     - Como passarão à história? Como traidores, omissos ou imbecis?
 
Senhores Sarney, Collor, FHC e Lula, olhem o que fizeram.

 
 Prevista uma guerra Venezuela x Colômbia

Mentor da doutrina brasileira de Guerra na Selva e um dos maiores especialistas em Amazônia, o Coronel Gelio Fregapani - gaúcho como o ministro Nelson Jobim Defesa), que o demitiu da Abin - acredita numa futura guerra entre Venezuela e Colômbia, que, apoiada pelos Estados Unidos, vencerá, extinguindo a barreira venezuelana para criação de uma nação indígena. Demonizando a Venezuela, os Estados Unidos forçariam a entrada do Brasil no conflito. Deveríamos ficar neutros, aconselha Fregapani. Ontem, curiosamente, o aprendiz de ditador Hugo Chávez ameaçou cortar relações comerciais com a Colômbia.

Da Coluna do Claudio Humberto


Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional

 

           



13.12.07

Veja como votou cada senador na sessão que rejeitou a prorrogação da CPMF até 2011:

ATENÇÃO PARA OS VENDILHÕES TRAIDORES DO POVO BRASILEIRO

Os votos de cada senador:
Legendas
S: a favor da prorrogação da CPMF
N: contra a prorrogação da CPMF


DEM

Adelmir Santana: N

Antonio Carlos Júnior: N

Demóstenes Torres: N

Efraim Morares: N

Eliseu Resende: N

Heráclito Fortes: N

Jayme Campos: N

Jonas Pinheiro: N

José Agripino: N

Kátia Abreu: N

Marco Maciel: N

Maria do Carmo: N

Raimundo Colombo: N

Rosalba Ciarlini: N


PMDB:

Almeida Lima: S

Edison Lobão: S


Geraldo Mesquita: N

Gerson Camata: S

Gilvam Borges: S


Jarbas Vasconcelos: N

José Maranhão: S

José Sarney: S

Leomar Quintanilha: S


Mão Santa: N

Neuto de Conto: S

Paulo Duque: S

Pedro Simon: S

Romero Jucá: S

Renan Calheiros: S

Roseana Sarney: S

Valdir Raupp: S

Valter Pereira: S

Wellington Salgado: S


PT

Aloizio Mercadante: S

Augusto Botelho: S

Delcídio Amaral: S

Eduardo Suplicy: S

Fátima Cleide: S

Flávio Arns: S

Ideli Salvatti: S

João Pedro: S

Paulo Paim: S

Serys Slhessarenko: S

Sibá Machado: S

Tião Viana: S

PSDB:

Álvaro Dias: N

Arthur Virgílio: N

Cícero Lucena: N

Eduardo Azeredo: N

Flexa Ribeiro: N

João Tenório: N

Lúcia Vânia: N

Marconi Perillo: N

Mário Couto: N

Marisa Serrano: N

Papaléo Paes: N

Sérgio Guerra: N

Tasso Jereissati: N

PSB

Antônio Carlos Valadares: S

Renato Casagrande: S


PR

César Borges: N

João Ribeiro: S

Magno Malta: S


Expedito Júnior: N

PDT

Cristovam Buarque: S

Jefferson Péres: S

João Durval: S

Osmar Dias: S

Patrícia Saboya: S

PRB

Euclydes Mello: S

Marcelo Crivella: S


PTB

Epitácio Cafeteira: S

Gim Argello: S

João Vicente Claudino: S


Romeu Tuma: N

Sérgio Zambiasi: S

PP

Francisco Dornelles: S

PCdoB

Inácio Arruda: S

PSOL

João Nery: N


Publicada em 13/12/2007 às 02h15m
O Globo Online
Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional

 

              


11.12.07

Bantustolas: Os bantustões dos quilombolas, o MST dos negros

Inegavelmente, a "revolução quilombola é o messetê dos negros. Leia na íntegra

               

 


Se os idiotas nem sequer reconhecerem a idiotice, serão casos perdidos.

Se os idiotas nem sequer reconhecerem a idiotice, serão casos perdidos.Leia mais

COMENTARIO: Os idiotas autenticos são os desentendidos, os inocentes úteis, os intelectuais orgânicos e os demais de igual espécie que repetem explicações ilógicas sem pensar. Riqueza nacional cresce com atividade produtiva e não com bolsa esmola eleitoreira. Os que vivem com fome querem emprego, saúde, escola, moradia e segurança para viver com um minimo de dignidade e não uma esmola com recursos desviados daqueles setores básicos. Esta idiotice agrava o caos e apenas rende votos desesperados dos cativos da manipulação populista da miseria. Epicarmo na Grecia antiga definia o idiota dizendo: “É a inteligência que vê, é a inteligência que ouve, e tudo o mais é surdo e cego”


MiguelGCF
Editor do Impunidade Vergonha Nacional

9.12.07

Lealdade de Lula

Texto mostrando como o presidente Lula é amoral, e faz qualquer coisa para manter o poder, mesmo passando por cima de princípios éticos. A lealdade, para Lula, é algo típico de esquemas mafiosos. Os elogios a José Sarney e o caso Renan Calheiros deixaram isso ainda mais evidente. http://www.youtube.com/watch?v=KWgP6QzjExc
Postado por MiguelGCF

Editor do Impunidade Vergonha Nacional

7.12.07

Vocações frustradas..

Fernado Henrique, quem diria, foi mau aluno

Coluna do Cláudio Humberto (03/12/2007)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso adora se refestelar na fama de intelectual, respeitável estudioso de Sociologia, e de ridicularizar o desinteresse do presidente Lula pela própria educação. Mas o passado o condena: em 1949, ele foi reprovado no vestibular para a Faculdade de Direito e, na mesma época, levou "bomba" em duas tentativas de ingressar na Escola Militar.

FHC queria ser militar, como o pai, avô, bisavô etc.

Desgosto

FHC era o "grande desgosto" do pai, general Leônidas: "Ele nunca vai dar para nada", desabafou ao colega de farda Jocelyn Brasil. Acabou presidente.

Mas que adora uma medalhinha e uma condecoraçãozinha, adora...

3.12.07

Ocupação territorial

FORÇAS ARMADAS

Ocupação territorial

Exército prepara a instalação de mais sete unidades militares na Amazônia, que receberá tropas do Sul e Sudeste. O investimento de R$ 150 milhões faz parte da estratégia de reforçar presença nas fronteiras

Leonel Rocha

Enviado especial

São Gabriel da Cachoeira (AM) — O Plano Estratégico de Reestruturação do Exército, programado para ser implantado nos próximos cinco anos, prevê a instalação de sete novas importantes unidades militares na Região Norte, com prioridade para a zona de fronteira. Duas delas já estão em construção: a 2ª Brigada de Infantaria de Selva de São Gabriel da Cachoeira e o 3º Batalhão de Infantaria de Selva de Barcelos, ambos no estado do Amazonas. Até 2012, o governo federal promete investir cerca de R$ 150 milhões para deixar toda a estrutura pronta e treinar cerca de 5 mil homens recrutados na região.

Além das duas brigadas que serão concluídas no final de 2008, a Força pretende implantar mais dois pelotões em São Gabriel da Cachoeira, um de Polícia do Exército (PE) e outro de comunicação de selva. Uma terceira unidade, de base logística, também está nos planos do Exército para ser instalada na mesma cidade. O Comando do Exército ainda está decidindo onde vai construir o 56º Batalhão de Infantaria de Selva, programado para a cidade de Santa Isabel do Rio Negro, e o 4º Batalhão de Engenharia de Selva, cotado para Manaus (veja mapa).

O reforço da tropa na Região Norte faz parte da estratégia dos militares de transferir para a Amazônia importantes unidades hoje localizadas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e outras do Nordeste. Os comandantes também estão preocupados com o vazio demográfico nas regiões mais remotas da Amazônia, facilitando a atuação de traficantes internacionais de cocaína que utilizam os rios e a floresta para transporte e depósitos da droga, principalmente nas fronteiras da Bolívia e Colômbia.

Para os próximos anos, o planejamento do Programa Calha Norte prevê a implantação de quatro novas unidades militares: Tiriós (AP), Uiramutã (RR), Tunuí(AM) e em Santa Rosa do Purus (AC). O programa é considerado prioridade para o governo e ganhou status de departamento no Ministério da Defesa.

Acesso

O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, defende a estratégia de dotar as atuais unidades militares de tecnologia de informação de ponta, com investimentos em antenas de comunicação. Tudo mantido por energia solar. Os pelotões de fronteira são isolados e, na maioria deles, só é possível chegar em pequenos aviões ou navegando pelos rios. As pistas de pouso estão esburacadas e não foram projetadas para receber os aviões de caça. Em algumas delas nem mesmos os aviões Tucanos, usados pela Força Aérea Brasileira (FAB) nas patrulhas das fronteiras, podem descer.

Para o próximo ano, o Exército vai colocar 28 mil homens na Amazônia. “Não precisamos de mais homens nas unidades militares da Região Norte e sim de tecnologia para melhorar o conforto dos soldados na fronteira e a rápida comunicação dos pelotões com os comandos nas cidades maiores”, argumenta o general Heleno. O pelotão instalado na Serra das Surucucus, a 40km da Venezuela, precisa ser reformado e melhorar suas instalações de comunicação e para o conforto das famílias dos militares que passam dois anos servindo na área onde vivem os índios ianomamis.

O comandante lembra que o Brasil tem excelentes relações com todos os vizinhos da América Latina. Mas ressalta que há problemas em potencial. Citou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a disputa por áreas entre Equador e Peru, a reivindicação da Bolívia de conseguir uma saída para o mar e a disputa da Venezuela com a Guiana pela região do Essequivo. “Hoje estamos em paz. Mas com o grande potencial energético e a água doce que tem na Amazônia, não sabemos como será o clima entre os países da região em 10 ou 20 anos”, pondera o comandante.

O repórter viajou a convite do ministério da defesa

Não precisamos de mais homens nas unidades militares da Região Norte e sim de tecnologia para melhorar o conforto dos soldados na fronteira

General Augusto Heleno Pereira, comandante militar da Amazônia

O número

Tropas

28 MIL soldados serão deslocados para a Amazônia em 2008, segundo o Exército

Problemas em Roraima

Eduardo Knapp/Folha Imagem - 25/4/05

A 1ª Brigada de Infantaria de Selva, com sede em Boa Vista, em Roraima, está preparada para atuar como força de pacificação no conflito esperado entre índios das etnias Macuxi, Yanomami, Ingarikó e Taurepang e a população de não indígenas que vive na reserva Raposa Serra do Sol. Antes da demarcação da área indígena, cresceram nos últimos anos as cidades de Paracaima, Normandia e Uiramutã, no nordeste do estado. Com a homologação das terras, os líderes indígenas passaram a exigir a desocupação completa das roças e fazendas administradas por cinco famílias de grandes produtores de arroz, além de outros agricultores e comerciantes não-índios.

Na cidade de Uiramutã, por exemplo, os índios ingaricós instalaram suas malocas na pista de pouso utilizada pelos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar mantimentos aos pelotões de fronteira. A FAB passou a utilizar uma avenida da cidade para pouso. Mas as operações foram suspensas por falta de segurança. O Exército já identificou a Vila Surumu, em Pacaraima, como o principal foco de conflito entre índios e não índios. Há três meses a Polícia Federal tenta desocupar a área, mas não conseguiu retirar os não índios.

O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, avisa que só vai autorizar a participação do Exército na operação de desocupação da área se for informado qual o plano para a evacuação da área elaborado pelo Ministério da Justiça, a ser executado pela Polícia Federal. Uma nova operação da PF para a desocupação das terras indígenas está prevista para breve. Na região há grande concentração de ouro e diamantes. (LR)

29.11.07

Propaganda enganosa

Os jornais de ontem destacaram que a ONU colocou o Brasil no clube de países desenvolvidos, apesar de termos caido no ranking do IDH de 69 para 70. Lulla da silva, o cinico, e sua quadrilha comemoraram, o que era de se esperar pois comparando-se a FHC disse:" É verdade que ele tem mais anos de escolaridade. Mas é verdade que eu sei governar melhor do que ele." (clique nos links para ler as referencias)
Só que os calhordas
e a mídia amestrada pelas verbas publicitárias do Bolcheviquepropagandaminister Franklin Martins omitem o fato que o IDH é um indice cumulativo de vários anos. O futuro parece sombrio pois lulla da silva, o cínico, desviou os recursos da CPMF para a volupia eleitoreira continuista desprovida de autentica vontade politica, deixando assim a saude à mingua.

Leio no O Globo de hoje que a pedido de um auxiliar do presidente Lula, o governador Sérgio Cabral prepara para amanhã uma “manifestação espontânea” de prefeitos a favor da prorrogação da CPMF e que lula diz que o povo vai sofrer sem a CPMF, mas omite que desviou os recursos da CPMF. Essa propaganda enganosa despoja da lucidez a claque lulista que sequer consegue ver que o festejado bolsa familia é o bolsa escola do FHC, o patife, e que a CPMF sequer é aplicada no fim a que se destina.

Enquanto isso, a claque dos aparelhados acompanhada pelos desprovidos de lucidez pela propaganda enganosa grita "123, cinico outra vez" perseguindo a imoralidade
bolivarianista que o petismo está construindo em busca do amoral objetivo continuista.

O mais estarrecedor é que o homem comum que difunde e discute fatos com lucidez é taxado de midia golpista pela claque dos aparelhados e pelos desprovidos de lucidez pela propaganda enganosa regiamente paga com dinheiro publico pelo Bolcheviquepropagandaminister.

O mais triste é que não tendo argumentos logicos a contrapor, um leitor desprovido de lucidez por esta propaganda enganosa disse que ao
ler um escrito meu de seu monitor escorria "bilis verde", alem de outros desatinos. Também, pudera, o cinismo é exibido sem o menor pudor na pagina da Presidencia da Republica.

Certamente os mediocres desprovidos de lucidez engrossarão a
“manifestação espontânea” a favor da prorrogação da CPMF, entretanto não existe razão que justifique a prorrogação deste imposto perverso a não ser a amoral vontade eleitoreira continuista inconstitucional. Não haverá, de forma alguma, desorganização orçamentária nem desequilíbrio fiscal, pois há excesso de arrecadação se a CPMF não for prorrogada.

Como aos vendilhões não interessa nenhuma mudança estas devem partir da população para fechar as fontes de recursos da corrupção. Vamos fazer valer o
Parágrafo único do Art. 1º do Texto constitucional: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".


Levanta Brasil! Cidadania - Soberania - Moralidade

Por MiguelGCF
Editor
Impunidade > Vergonha Nacionalt

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26.11.07

Brasil se rearma por mais peso na América Latina, diz 'El País'

'Virada' na política de defesa ocorre em meio a rearmamento de Venezuela e Chile.
 
 
 - Reportagem publicada nesta segunda-feira pelo diário espanhol El País afirma que "o Brasil optou por dar uma virada significativa em sua política de defesa" com "mais armas e de melhor qualidade para ter mais peso político na América Latina".

"O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, junto à cúpula militar do país, se encontra elaborando um plano estratégico que virá à luz no começo de 2008, baseado no aumento de até 50% dos gastos em material bélico, uma reorganização das defesas fronteiriças e costeiras e a elevação do papel de principal referência como árbitro nos conflitos que possam surgir no subcontinente", relata o jornal.

A reportagem observa que o Brasil pretende gastar US$ 4,6 bilhões em compras de equipamentos para defesa em 2008, contando com um aumento de 50% do orçamento militar em relação a este ano.

O jornal comenta que, ao contrário de outros países da região que recentemente anunciaram um programa de rearmamento militar, como a Venezuela e o Chile, "os brasileiros não empregarão a maior parte deste dinheiro em compras no mercado internacional de armas, mas sim desenvolverão uma indústria bélica própria que, além de garantir uma dependência menor de sistemas estrangeiros, colocará o Brasil como referência para outros países na hora de fazer suas próprias aquisições".

"O Brasil intensificará a fabricação de aviões de combate e treinamento, sistemas anti-tanque, veículos blindados, barcos pequenos, equipamentos eletrônicos, radares e munição em um ambicioso programa respaldado por capital privado nacional", relata a reportagem.

O jornal afirma ainda que "em paralelo, começou o deslocamento permanente de tropas na fronteira amazônica, com a construção de uma cadeia de bases militares que vigiem a linha fronteiriça mais extensa da América do Sul".

A reportagem diz que a pressa brasileira se justifica pelo fato de que em 2008 terá sido concluído o programa de rearmamento chileno e a Venezuela terá recebido grande parte de suas compras de armamentos realizadas nos últimos anos.

"O Brasil é qualificado habitualmente com o título de gigante latino-americano, e agora importantes setores do Exército começaram a reclamar que o gigante comece a atuar", diz o jornal.

A reportagem comenta ainda que "algumas vozes, não autorizadas mas significativas" já chegaram a defender o desenvolvimento de armas atômicas para proteger o território brasileiro, como o general José Benedito de Barros Moreira, secretário de Política, Estratégia e Relações Internacionais do Ministério da Defesa.

"O mundo carece de água, energia, alimentos e minerais, e o Brasil é rico em tudo isso", justificou assim sua posição Moreira, segundo o jornal. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Por Odair Oliveira de Sá

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Convite

Intelectuais brasileiros desconhecem – ou fingem desconhecer

(Texto sobre o Livro "O Jardim das Aflições")

A metalinguagem do colonialismo

Deslumbrados com o conceito de "Império" que acabam de importar dos Estados Unidos, intelectuais brasileiros desconhecem – ou fingem desconhecer – que o filósofo Olavo de Carvalho já o criara no Brasil há cinco anos.

por José Maria e Silva
silvajm@uol.com.br

Opção (Goiânia), 1° de outubro de 2000

Como os índios e escravos do período colonial, que por força da sobrevivência batizavam seus deuses com nomes de santos, os intelectuais brasileiros rendem-se ao imperialismo com um despudor de espantar. Só são capazes de aceitar o Brasil quando descobrem um modo de pronunciá-lo em inglês, como faz o antropólogo Hermano Viana, arremedo de Mário de Andrade. Entre os incontáveis exemplos dessa conduta servil da elite pensante brasileira, o mais recente encontra-se no caderno Mais! do jornal Folha de S. Paulo, que, na edição de domingo passado, 24 de setembro, apresentou como grande descoberta do século o conceito de "Império", proposto pelo italiano Antonio Negri e pelo norte-americano Michael Hardt, no livro Empire, que está sendo lançado nos Estados Unidos pela Universidade de Harvard. Só no próximo ano o livro será lançado no Brasil, pela Record, todavia, já está sendo festejado por intelectuais como André Singer, professor do departamento de ciência política da USP e autor do recém-lançado Esquerda e Direita no Eleitorado Brasileiro. Segundo ele, o aspecto "mais original" da obra de Negri e Hardt "está em perceber o quanto o modelo político norte-americano, inventado no século 18, quando as 13 colônias se fizeram independentes, é adequado ao sistema imperial, hegemônico a partir de 1991". O que significa que, para ele, o próprio conceito de "Império", que se propõe a substituir o de "Imperialismo", já é original.

André Singer parece não saber que essa suposta originalidade importada dos Estados Unidos já se encontrava aqui, autóctone, nas páginas candentes do livro O Jardim das Aflições, do filósofo Olavo de Carvalho, publicado em 1995 pela Editora Diadorim, com o subtítulo De Epicuro à Ressurreição de César: Ensaio sobre o Materialismo e a Religião Civil. Nesse estudo magistral, que se estende por 20 séculos de civilização e permeia os mais variados ramos do conhecimento (inclusive o estudo de religião comparada, verdadeiro deserto no pensamento brasileiro), Olavo de Carvalho critica o descaso com que a teoria política trata o "fenômeno Império" e sustenta que "a história política do Ocidente pode ser, sem erro, facilmente resumida como a história das lutas pelo direito de sucessão do Império Romano". Sem advogar para o seu ensaio o estatuto de uma "teoria", já que é um crítico do sentido imanentista da história, Olavo de Carvalho procura mostrar que o Império no Ocidente é uma realidade - e realidade "contínua", com ligeiro interregno entre a queda de Roma e o reinado de Carlos Magno; "problemática", porque não apresenta a unidade estável e o crescimento orgânico de Roma; "decisiva", uma vez que se serve indistintamente de todas as demais doutrinas; e "atual", especialmente depois que a União Soviética sucumbiu ante os Estados Unidos e uma nova Roma ressurge no mundo. Em suma, cinco anos antes dos dois autores estrangeiros, o filósofo brasileiro já mostrava que o Ocidente se move para realizar sua sina de Império.

Sequer a idéia de que os Estados Unidos encarnam o "Império" - considerada por Singer a contribuição "mais original" de Negri e Hardt - deveria ser uma novidade para o país de Olavo de Carvalho. Num estilo primoroso, em que as imagens faíscam como fogos e os sons jorram como cascata, tirando o fôlego do leitor de bom gosto, o filósofo paulista já observava que os Estados Unidos vão "unificando e homogeneizando a humanidade, impondo por toda parte suas leis, seus costumes, seus valores, sua língua, e, administrando sabiamente as diferenças nacionais, é elevado à condição de supremo magistrado do universo". O Império, segundo Olavo de Carvalho, é "destituído de convicções teóricas", apoiando, indiferentemente, a revolução ou a reação, a escravatura ou a abolição, o moralismo puritano ou a rebelião sexual, o domínio colonial ou as reivindicações de independência nacional" - o que lhe importa é assegurar a "marcha ascendente da Revolução Americana" sobre o mundo. Depois de várias tentativas frustradas de restauração do Império Romano por parte de potências européias, César ressuscitou do outro lado do Atlântico. Os Estados Unidos - afirma Olavo de Carvalho - são uma "República imperial, capitalista, maçônica e protestante".

O Conto da Carochinha - Irônico é que exatamente Olavo de Carvalho - tido como sequaz da extrema-direita pela gente da USP - seja muito mais crítico em relação aos Estados Unidos do que Antonio Negri e Michael Hardt, dois discípulos de Marx que pretendem fazer de Empire o Manifesto Comunista do século XXI. Informa o uspiano André Singer, sem fazer nenhuma ressalva, que o Império norte-americano, para os dois autores, é um poder benigno sobre o mundo. Entre outras coisas porque Negri e Hardt, segundo Singer, defendem a tese de que os Estados Unidos "nunca cultivaram um projeto imperialista", salvo na colonização das Filipinas, e quando interferiram em outras partes do planeta, sua intenção era apenas resguardar a ordem mundial, em nome de valores como "o equilíbrio, a liberdade, a democracia". Olavo de Carvalho sustenta o contrário desse conto da carochinha: "A vocação imperial norte-americana não nasceu junto com os Estados Unidos: nasceu antes". E mostra essa "impressionante escalada" imperialista enumerando desde a ajuda "discreta mas decisiva" que os Estados Unidos deram à Revolução Francesa, em 1793, até a construção do Canal do Panamá, em 1906, passando pela compra da Louisana (1803), a tentativa fracassada de invasão do Canadá (1812), a Doutrina Monroe (1823), a anexação do Texas (1845), a intervenção branca na Califórnia e a guerra com o México (1846), a instalação de ponta-de-lança no Japão (1854), a compra do Alasca (1867), a anexação das Filipinas, a intervenção em Cuba e a guerra com a Espanha (1898).

Mas o que leva dois comunistas a tecerem loas aos Estados Unidos e de um modo aparentemente tão entusiasta que o fazem a quatro mãos? Essa questão já está antecipadamente respondida por Olavo de Carvalho no mesmo livro. Estimulado pelo poeta Bruno Tolentino, que lhe escreveu o prefácio da obra, O Jardim das Aflições nasceu de uma necessidade imperativa - encontrar a razão de uma conferência do filósofo Motta Pessanha parecer-se com uma palestra do neurolingüista Lair Ribeiro. Mas o que poderia ser apenas uma provocação sem maior importância revela-se um empreendimento intelectual de inaudita coragem, que devassa as entranhas do Ocidente desde a Antigüidade Clássica à pós-modernidade contemporânea, num vasto painel de erudição vestida de clareza e argúcia despida de malícia, embaladas, ambas, pela sinfonia de um estilo épico, capaz de abalar chavões da história, sofrear devaneios da filosofia e, sobretudo, fixar a verdade em sua única morada possível - na consciência que introjeta o mundo para melhor exprimi-lo. Se a esquerda brasileira perdoasse o polemista corrosivo do Imbecil Coletivo e buscasse o filósofo sincero do Jardim das Aflições, sem dúvida encontraria em Olavo de Carvalho sua melhor arma contra a globalização que tanto a assusta.

Convencido de que o filósofo José Américo Motta Pessanha- em sua conferência sobre ética no Masp e na direção da série Os Pensadores da Editora Abril - "não havia procurado mostrar o passado, mas moldar o futuro", apresentando a filosofia como uma contínua "tradição materialista", de Epicuro a Marx, intercalada por recaídas transcendentes, Olavo de Carvalho se propôs a demonstrar o contrário: "A tradição materialista, se existe, não se constitui de outra coisa senão do amálgama fortuito de negações antepostas, por diferentes indivíduos e por um número indefinido de motivos, a toda e qualquer afirmação do espírito. Ela está, para a densidade contínua da linhagem espiritualista, como os buracos estão para o queijo suíço". Escrevendo numa dialética em espiral, em que as antíteses ascendem em turbilhão, Olavo de Carvalho amplia seus argumentos até o ponto em que parecem desafiar qualquer síntese, como quando intenta conciliar o alegado materialismo de Karl Marx com o caldeirão espiritualista da Nova Era, e o leitor já sem fôlego, atirado ao buraco negro de crenças em agonia, teme que o filósofo não lhe aponte uma outra cosmovisão capaz de substituir aquela que o catecismo materialista lhe ensinou desde o berço. Mas Olavo de Carvalho não o decepciona e, pouco a pouco, recompõe a história do pensamento ocidental - e o faz virando pelo avesso o mundo das idéias para que ele pare de revirar a realidade do mundo.

Conspiração do Silêncio - É tarefa impossível sintetizar O Jardim das Aflições em míseras páginas de jornal, sem ofuscar a cintilância de seu estilo, a profundidade de suas análises e, sobretudo, a originalidade de suas idéias. Filósofo e escritor, Olavo de Carvalho é melhor compreendido quando desfrutado - sua obra, como a melhor arte, é um amálgama de conteúdo e forma. Mesmo quando se discorda dele, - e é possível discordar de muita coisa do que escreve, - não se pode negar que sua obra viverá por si, porque vivifica quem a lê. Ao contrário de quase tudo o que se produz no pensamento brasileiro, ela não é transplante de idéias nem dissimulação doutrinária: Olavo de Carvalho ousa refletir com a própria cabeça e busca a adesão do leitor com argumentos. Daí o silêncio circundante em relação a tudo o que escreve - combater os possíveis senões pontuais de seu pensamento exigiria a admissão de que ele corrói pela base quase tudo o que se ensina nas escolas brasileiras. É o que faz, por exemplo, no livro O Jardim das Aflições. Afirmando que seu propósito "não é mudar o rumo da História, mas atestar que nem todos estavam dormindo enquanto a História mudava de rumo", o filósofo começa demostrando o absurdo de se apresentar uma história da ética que elege Epicuro em lugar de Platão e Aristóteles, reduz a filosofia medieval a uma Inquisição que vicejou 200 anos depois dela e faz de uma Idade Moderna falsificada a baliza de toda a humanidade, além de transformar a religião numa variável da equação histórica quando ela é a constante que perpassa todas as épocas e os mais diversos regimes.

Olavo de Carvalho desmonta o Epicuro de José Américo Motta Pessanha, mostrando a inconsistência do epicurismo, mas sustenta que a espécie de ilusionismo filosófico proposta pelo filósofo do jardim sempre ressurge em momentos de crise, como uma fuga ante a realidade adversa. E pinta Motta Pessanha, cassado das cátedras sob a ditadura militar e exilado na Editora Abril onde formulou Os Pensadores, como um retrato dessa fuga, consubstanciada no auditório do Masp em maio de 90, quando uma platéia desiludida com a recente derrota de Lula e ainda oprimida pelo sucesso de Collor rendeu-se à "moral evasionista" do epicurismo, que assustava o próprio Marx, apreciador de Epicuro pela sua "crítica da religião oficial grega e sua mistura -dialética- de teoria e prática". Mas como conciliar duas acusações diferentes contra o mesmo Motta Pessanha: a evasão epícurea do mundo com a transformação marxista da realidade? - perguntaria o leitor a Olavo de Carvalho. Mas não perguntará, porque é o próprio Olavo de Carvalho quem faz essa indagação a si mesmo, dialeticamente, para melhor respondê-la no Livro III do Jardim das Aflições, intitulado "Marx" (os dois primeiros são, respectivamente, "Pessanha" e "Epicuro, e os dois últimos, "Os Braços e a Cruz" e "Cæsar Redivivus"). Depois de provar que a filosofia de Epicuro é o ancestral da programação neurolingüística de Lair Ribeiro e do "materialismo espiritual" de Marx, Olavo de Carvalho explica a "invulnerabilidade do marxista convicto à argumentação racional".

Esse argumento é um capítulo à parte, em que Olavo de Carvalho demonstra a tragédia axiológica e o rombo epistemológico que a 11» tese de Marx contra Feuerbach provoca no homem moderno. Ao criticar a filosofia por limitar-se a interpretar o mundo, convidando os filósofos a transformá-lo, Marx, como demonstra Olavo de Carvalho, incorre numa das censuras morais que dirigiu ao capitalismo - sendo "teoria da ação e não do objeto", a práxis marxista nega a existência ontológica de gentes e coisas para vislumbrá-las apenas como matéria-prima da revolução. Se no capitalismo o homem ainda é uma "mercadoria", capaz de resistência ao menos por seu valor de troca, no marxismo o homem se reduz ao barro antes do sopro - isto é, a um nada ontológico nas mãos do demiurgo revolucionário. Esse materialismo, observa o filósofo, só foi possível depois que Nicolau de Cusa divinizou o espaço e Giambattista Vico divinizou o tempo, possibilitando ao homem abdicar de Deus para adorar, respectivamente, a geometria e a história. E ante a empáfia do intelectual moderno, capaz de sustentar a morte de Deus em meio a um oceano de crenças, Olavo de Carvalho esgrime uma argúcia afiada na ironia e compara esses desamparados filhos de Nietzsche com os iorubas e os bantos da África, vendo em sua rendição ao materialismo o mesmo culto tribal à natureza (deuses do espaço) e em sua louvação à história o mesmo culto aos antepassados (deuses do tempo).

Os Sacerdotes do Império - A originalidade de Olavo de Carvalho, como filósofo deste fim de século, não está apenas em refletir sobre o Ocidente a partir do conceito de "Império", mas também em resgatar a importância de Deus como sujeito da história, demonstrando que a libertação da consciência pessoal, iniciada pela filosofia grega, só foi consumada no cristianismo, herdeiro da cultura judaica, talvez a primeira a escrever a história humana como a história da salvação da alma. Espécie de filosofia grega com apelo de massas, o cristianismo libertou a humanidade do mais despótico dos jugos - aquele do Rei que se acredita Deus e faz do Estado uma religião. Dando a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, o cristianismo conferiu ao homem um destino pessoal transcendente, relativizando o poder temporal do Estado, daí o martírio maciço dos primeiros cristãos, por incomodarem os poderes estabelecidos. Olavo de Carvalho demonstra que todas as religiões anteriores ao cristianismo encarnavam uma cosmovisão religiosa numa estrutura social determinada, não admitindo "qualquer possibilidade de uma verdade exterior à crença coletiva". Contrariando o materialismo dos livros de história, ele sustenta que foi o cristianismo, encerrando a era do Estado sacerdotal, que possibilitou o verdadeiro nascimento do homem, como um ser autônomo e solitário.

Por isso, a Idade Média e a Escolástica saem do livro redimidas. Olavo de Carvalho demonstra que o homem moderno é quem intenta reconduzir o Estado para o trono de Deus, proposta que Comte deixou explícita em seu Catecismo Positivista. "Se Comte era o Messias da Religião da Humanidade, Hegel foi pelo menos seu São João Batista", ressalta o filósofo, lembrando que a Revolução Francesa, sob o Terror de Robespierre, tentou fazer do civismo uma forma de beatitude. Os Estados Unidos, por encarnar desde o seu nascimento os ideais iluministas, é o lugar em que se realiza a profecia de Hegel - ele é o supremo Estado leigo que absorve indiferentemente elementos capitalistas e socialistas, impondo "à humanidade a imersão no historicismo absoluto". Como Negri e Hardt, Olavo de Carvalho também reconhece que o Império pode ser "parcialmente um bem", uma vez que, além de não suprimir as nações, limitando-se a ordená-las, também garante ao mundo um tribunal universal, capaz de reparar as injustiças de potências intermediárias contra nações pequenas. Mas, se do ponto de vista político, jurídico e até econômico o Império pode ser vantajoso, Olavo de Carvalho finaliza O Jardim das Aflições demonstrando que, "do ponto de vista de suas conseqüências psicológicas, culturais e espirituais", a ascensão do Império mundial "é uma ameaça tenebrosa". Ele é a ressurreição de César, a materialização da Religião Civil, a redução do homem a um objeto do Estado - sem Deus algum a quem recorrer.

Ironicamente, os intelectuais de esquerda - como Negri, Hardt e Singer - são os que mais contribuem para essa nova escravidão que se avizinha. Reduzindo todas as religiões a meras ideologias, relativizando todos os valores em nome da liberdade e pregando uma ética leiga que se assenta na opinião pública, eles contribuem para fazer do Estado norte-americano o único tribunal da humanidade. Como vem sustentando Olavo de Carvalho em sua cruzada, a única maneira de evitar essa tragédia é devolver ao homem o direito a uma consciência individual. Ela não é burguesa, como querem os comunistas; é simplesmente divina - aquilo que a matéria tem de humano.

Postado por MiguelGCF >Visite> Impunidade > Vergonha     Nacional