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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

3.12.07

Ocupação territorial

FORÇAS ARMADAS

Ocupação territorial

Exército prepara a instalação de mais sete unidades militares na Amazônia, que receberá tropas do Sul e Sudeste. O investimento de R$ 150 milhões faz parte da estratégia de reforçar presença nas fronteiras

Leonel Rocha

Enviado especial

São Gabriel da Cachoeira (AM) — O Plano Estratégico de Reestruturação do Exército, programado para ser implantado nos próximos cinco anos, prevê a instalação de sete novas importantes unidades militares na Região Norte, com prioridade para a zona de fronteira. Duas delas já estão em construção: a 2ª Brigada de Infantaria de Selva de São Gabriel da Cachoeira e o 3º Batalhão de Infantaria de Selva de Barcelos, ambos no estado do Amazonas. Até 2012, o governo federal promete investir cerca de R$ 150 milhões para deixar toda a estrutura pronta e treinar cerca de 5 mil homens recrutados na região.

Além das duas brigadas que serão concluídas no final de 2008, a Força pretende implantar mais dois pelotões em São Gabriel da Cachoeira, um de Polícia do Exército (PE) e outro de comunicação de selva. Uma terceira unidade, de base logística, também está nos planos do Exército para ser instalada na mesma cidade. O Comando do Exército ainda está decidindo onde vai construir o 56º Batalhão de Infantaria de Selva, programado para a cidade de Santa Isabel do Rio Negro, e o 4º Batalhão de Engenharia de Selva, cotado para Manaus (veja mapa).

O reforço da tropa na Região Norte faz parte da estratégia dos militares de transferir para a Amazônia importantes unidades hoje localizadas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e outras do Nordeste. Os comandantes também estão preocupados com o vazio demográfico nas regiões mais remotas da Amazônia, facilitando a atuação de traficantes internacionais de cocaína que utilizam os rios e a floresta para transporte e depósitos da droga, principalmente nas fronteiras da Bolívia e Colômbia.

Para os próximos anos, o planejamento do Programa Calha Norte prevê a implantação de quatro novas unidades militares: Tiriós (AP), Uiramutã (RR), Tunuí(AM) e em Santa Rosa do Purus (AC). O programa é considerado prioridade para o governo e ganhou status de departamento no Ministério da Defesa.

Acesso

O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, defende a estratégia de dotar as atuais unidades militares de tecnologia de informação de ponta, com investimentos em antenas de comunicação. Tudo mantido por energia solar. Os pelotões de fronteira são isolados e, na maioria deles, só é possível chegar em pequenos aviões ou navegando pelos rios. As pistas de pouso estão esburacadas e não foram projetadas para receber os aviões de caça. Em algumas delas nem mesmos os aviões Tucanos, usados pela Força Aérea Brasileira (FAB) nas patrulhas das fronteiras, podem descer.

Para o próximo ano, o Exército vai colocar 28 mil homens na Amazônia. “Não precisamos de mais homens nas unidades militares da Região Norte e sim de tecnologia para melhorar o conforto dos soldados na fronteira e a rápida comunicação dos pelotões com os comandos nas cidades maiores”, argumenta o general Heleno. O pelotão instalado na Serra das Surucucus, a 40km da Venezuela, precisa ser reformado e melhorar suas instalações de comunicação e para o conforto das famílias dos militares que passam dois anos servindo na área onde vivem os índios ianomamis.

O comandante lembra que o Brasil tem excelentes relações com todos os vizinhos da América Latina. Mas ressalta que há problemas em potencial. Citou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a disputa por áreas entre Equador e Peru, a reivindicação da Bolívia de conseguir uma saída para o mar e a disputa da Venezuela com a Guiana pela região do Essequivo. “Hoje estamos em paz. Mas com o grande potencial energético e a água doce que tem na Amazônia, não sabemos como será o clima entre os países da região em 10 ou 20 anos”, pondera o comandante.

O repórter viajou a convite do ministério da defesa

Não precisamos de mais homens nas unidades militares da Região Norte e sim de tecnologia para melhorar o conforto dos soldados na fronteira

General Augusto Heleno Pereira, comandante militar da Amazônia

O número

Tropas

28 MIL soldados serão deslocados para a Amazônia em 2008, segundo o Exército

Problemas em Roraima

Eduardo Knapp/Folha Imagem - 25/4/05

A 1ª Brigada de Infantaria de Selva, com sede em Boa Vista, em Roraima, está preparada para atuar como força de pacificação no conflito esperado entre índios das etnias Macuxi, Yanomami, Ingarikó e Taurepang e a população de não indígenas que vive na reserva Raposa Serra do Sol. Antes da demarcação da área indígena, cresceram nos últimos anos as cidades de Paracaima, Normandia e Uiramutã, no nordeste do estado. Com a homologação das terras, os líderes indígenas passaram a exigir a desocupação completa das roças e fazendas administradas por cinco famílias de grandes produtores de arroz, além de outros agricultores e comerciantes não-índios.

Na cidade de Uiramutã, por exemplo, os índios ingaricós instalaram suas malocas na pista de pouso utilizada pelos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar mantimentos aos pelotões de fronteira. A FAB passou a utilizar uma avenida da cidade para pouso. Mas as operações foram suspensas por falta de segurança. O Exército já identificou a Vila Surumu, em Pacaraima, como o principal foco de conflito entre índios e não índios. Há três meses a Polícia Federal tenta desocupar a área, mas não conseguiu retirar os não índios.

O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, avisa que só vai autorizar a participação do Exército na operação de desocupação da área se for informado qual o plano para a evacuação da área elaborado pelo Ministério da Justiça, a ser executado pela Polícia Federal. Uma nova operação da PF para a desocupação das terras indígenas está prevista para breve. Na região há grande concentração de ouro e diamantes. (LR)

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