Produzido pelo Ternuma Regional Brasília
Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado
Luiz Inácio Lula da Silva, pretenso estadista do Brasil, Nação que só não é mais poderosa porque ele atrapalha, lançou-se em mais um périplo desastroso.
Com a agenda “tranqüila”, já que “não tem” problemas internos, partiu para mais uma importante e produtiva viagem, desta vez a duas “potências” latinas. Com isso, esperava sedimentar a sua influência e a dispor a seus parceiros recursos econômicos e financeiros, além do nosso decisivo “poder militar”, que o credenciam, pensa ele, a influente dono de um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Seus ministros asseguraram-lhe não haver riscos de apagão energético e, mais ainda, ser o surto de febre amarela faniquitos de povo irresponsável que não se vacina. Não tinha essa gente, por isso, nada que ir passar festas de fim-de-ano e férias em áreas rurais, onde macacos silvestres morrem de febre amarela, por também não serem vacinados, uma vez que são bichos e não estão amparados pela saúde pública, eficazmente garantida, há anos, pelos vultosos recursos da CPMF. Sem surtos graves no horizonte, o ministro da saúde, alegremente, embarcou no Aero-Lula para o convescote governamental, no intuito de provar à opinião pública de que não riscos de epidemia, a despeito do número de mortos que se avoluma.
Apagão? A ministra predileta assegurou ao estadista, com a frieza e a tranqüilidade de quem vai roubar o cofre do Adhemar, que crise energética é coisa do Fernando Henrique. Descuidou-se, todavia, das desastrosas declarações do ministro interino do Ministério das Minas e Energia, segundo as quais "não há risco, mas os reservatórios do Nordeste estão muito baixos, e o Comitê de Monitoramento do Setor Energético decidiu manter todas as térmicas que já estavam operando e, além disso, acrescentar um pouco mais".
Estranho, pois o Nordeste nunca foi bem contemplado por águas. Historicamente, ainda mais agora, é servido por benesses eleitoreiras que rendem votos pelas bolsas esmolas. Térmicas são muito caras e dependem do gás importado da Bolívia. Os estrategistas de Lula, ao que parece, esqueceram-se de avisar ao chefe que coisas acontecem. Lula, muito “desavisado”, entretanto, logo tratou de nomear um lobo da sua base de apoio, cujo nome sugere o aumentativo de astúcia: Lobão. Desastrosamente, o filho do novel ministro aparece nas manchetes de jornais como envolvido em denúncias de corrupção. Será essa a sina de um presidente que nomeia pessoas em quem confia cegamente? Ele continua a não saber de nada e a não ver nada? Para isso não acontecer, pagamos nós, os contribuintes, pelas despesas de uma onerosa Agência Brasileira de Inteligência, pelo visto, também não ciente de nada e que apenas se envolve na imprensa pelo uso particular de um veículo importado, seqüestrado legalmente pela Justiça de um criminoso, para uso particular de assessor privilegiado.
Lula, antes da viagem, despreocupado como sempre, olvidou os riscos da batata quente que tinha em mãos, provocada pelos delírios de seu parceiro no Foro de São Paulo, acerca da sua idem parceira no mesmo foro. Reconhecer as FARC como forças insurgentes da política interna da Colômbia pareceu-lhe má idéia. Afinal é um “estadista” e não iria sujar as mãos na defesa de bandidos, mesmo que isso viesse a inspirar a antipatia dos narcotraficantes e da loucura bolivariana. Certamente, pensou: isso é um “pobrema” do meu ”extraordinário” ministro Marco Aurélio Garcia, notório mago do top-top.
Foi Lula para a sua importante missão estratégica.
Na Guatemala, serviu-se de banquetes e ofereceu ajuda econômica comparada às que dispõem as mais ricas nações. A pobre Guatemala, se é que ainda existem bobos no mundo, gastou muito em honrarias que lhe farão falta e espera, se é que espera, por bonomias.
A passagem por Cuba, no entanto, era o grande objetivo estratégico de um estadista despreocupado com os problemas internos do seu país.
Recebido por Raúl Castro, Lula logo percebeu que havia algo de errado. Meros e frios compromissos protocolares e guarda-de-honra em homenagem a José Marti não eram o fulcro da viagem. Esperava ele ser recebido com a mesma pompa e circunstância que Fidel lhe dedicara em sua primeira viagem à ilha da mais antiga ditadura do mundo. Assinou com Raúl contratos de cooperação em áreas muito banais para a potência que ele pensa representar. Um bilhão de dólares oferecidos por ele, certamente amealhados da poupança da falecida CPMF, foram desprezados pelo ditador cubano em exercício. Restava a Lula o grand finale, que seria o seu encontro com o “mestre”. Fidel Castro, ignorando a presença de Lula em seu feudo, condenou-o a desmoralizante chá-de-cadeira, afrontando, em última análise, o Brasil e o povo brasileiro. Que se danem deveria dizer, penso eu, se ele fosse realmente estadista, ofendido pela empáfia de um ditador e de aprendizes de feiticeiro. Um estadista de fato teria partido de lá tão logo percebesse a desconsideração. Refiro-me a um verdadeiro chefe de estado, mas a lembrança de Chávez o constrangia.
O encontro com Fidel Castro, depois de muita espera e de mirabolantes armações da segurança castrista, aconteceu. Em silêncio imposto pelo “protocolo” do ditador, Lula e Fidel apareceram fotografando-se, Fidel em trajes esportivos e Lula na sua indumentária importada da Itália. Cena lamentável! Foi o idílico encontro do presidente do Brasil com o provecto ditador da mais antiga e assassina ditadura do mundo. Os dois, em silêncio, em nada lembraram os fulgurantes namoros de Fidel com Hugo Chávez. Estava aí explicitada a reação à teimosia do Brasil em continuar com o projeto do biodiesel e de reprovar, ainda que timidamente, os seqüestros das FARC. Aí se mostrava a prova de que a batata quente estava presente: ser um estadista ou submeter-se á vontade de caudilhos, na contramão do mundo todo.
Lula voltou de Cuba lançando, de cara amarela, as suas pérolas, como:
- “Sou da geração apaixonada pela revolução cubana e estou torcendo para que Fidel tenha uma recuperação extraordinária”;
- "Penso que Fidel está pronto para assumir o papel político que ele tem na história, no mundo globalizado, na humanidade".
Não sou adepto de cacofonias, mas a essa não pude resistir.
O apedeuta saiu de lá provocando engulhos em quem acredita em soberania e não admite subserviência . Prostou-se ele e com ele todos nós que temos vergonha na cara.
O “estadista”, na sua verve descontrolada, finge não saber que Cuba jamais estará no mundo globalizado, pois continua sob o jugo dessa ditadura, apegada ao terrorismo de estado. Globalização, aliás, é a palavra que faz tremer os comunistas que estão aí no governo e na mídia. Ela é o contraponto da máxima marxista “proletários de todo o mundo, uni-vos”. A balela não deu certo e o comunismo está agonizante, malgrado os socialistas do século vinte um. O apedeuta não se deu conta disso e continua a dizer bobagens, socialista imbecilóide que é.
O traje esportivo de Fidel Castro, desrespeitoso ao oficial estadista brasileiro, antes de qualquer coisa, espero que seja a roupa que esse sanguinário levará ao final dos seus criminosos dias. Cuba, com essa provecta ausência, proscreverá a ditadura cruel, incluindo-se no mundo civilizadamente globalizado.
Muitos abonados terroristas chorarão por sua falta, mas milhões de cubanos exultarão pela conquista da liberdade.
O estadista aloprado, com a cauda abaixada, infelizmente, para ele, não terá mais referências ideológicas politiqueiras. Se tiver vergonha, tratará de cuidar das soluções dos problemas para os quais foi eleito e reeleito.
Graças ao Senhor, meu Deus! Ainda espero por milagres.
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Postado por MiguelGCF
Editor do Impunidade Vergonha Nacional