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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

29.11.07

Propaganda enganosa

Os jornais de ontem destacaram que a ONU colocou o Brasil no clube de países desenvolvidos, apesar de termos caido no ranking do IDH de 69 para 70. Lulla da silva, o cinico, e sua quadrilha comemoraram, o que era de se esperar pois comparando-se a FHC disse:" É verdade que ele tem mais anos de escolaridade. Mas é verdade que eu sei governar melhor do que ele." (clique nos links para ler as referencias)
Só que os calhordas
e a mídia amestrada pelas verbas publicitárias do Bolcheviquepropagandaminister Franklin Martins omitem o fato que o IDH é um indice cumulativo de vários anos. O futuro parece sombrio pois lulla da silva, o cínico, desviou os recursos da CPMF para a volupia eleitoreira continuista desprovida de autentica vontade politica, deixando assim a saude à mingua.

Leio no O Globo de hoje que a pedido de um auxiliar do presidente Lula, o governador Sérgio Cabral prepara para amanhã uma “manifestação espontânea” de prefeitos a favor da prorrogação da CPMF e que lula diz que o povo vai sofrer sem a CPMF, mas omite que desviou os recursos da CPMF. Essa propaganda enganosa despoja da lucidez a claque lulista que sequer consegue ver que o festejado bolsa familia é o bolsa escola do FHC, o patife, e que a CPMF sequer é aplicada no fim a que se destina.

Enquanto isso, a claque dos aparelhados acompanhada pelos desprovidos de lucidez pela propaganda enganosa grita "123, cinico outra vez" perseguindo a imoralidade
bolivarianista que o petismo está construindo em busca do amoral objetivo continuista.

O mais estarrecedor é que o homem comum que difunde e discute fatos com lucidez é taxado de midia golpista pela claque dos aparelhados e pelos desprovidos de lucidez pela propaganda enganosa regiamente paga com dinheiro publico pelo Bolcheviquepropagandaminister.

O mais triste é que não tendo argumentos logicos a contrapor, um leitor desprovido de lucidez por esta propaganda enganosa disse que ao
ler um escrito meu de seu monitor escorria "bilis verde", alem de outros desatinos. Também, pudera, o cinismo é exibido sem o menor pudor na pagina da Presidencia da Republica.

Certamente os mediocres desprovidos de lucidez engrossarão a
“manifestação espontânea” a favor da prorrogação da CPMF, entretanto não existe razão que justifique a prorrogação deste imposto perverso a não ser a amoral vontade eleitoreira continuista inconstitucional. Não haverá, de forma alguma, desorganização orçamentária nem desequilíbrio fiscal, pois há excesso de arrecadação se a CPMF não for prorrogada.

Como aos vendilhões não interessa nenhuma mudança estas devem partir da população para fechar as fontes de recursos da corrupção. Vamos fazer valer o
Parágrafo único do Art. 1º do Texto constitucional: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".


Levanta Brasil! Cidadania - Soberania - Moralidade

Por MiguelGCF
Editor
Impunidade > Vergonha Nacionalt

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26.11.07

Brasil se rearma por mais peso na América Latina, diz 'El País'

'Virada' na política de defesa ocorre em meio a rearmamento de Venezuela e Chile.
 
 
 - Reportagem publicada nesta segunda-feira pelo diário espanhol El País afirma que "o Brasil optou por dar uma virada significativa em sua política de defesa" com "mais armas e de melhor qualidade para ter mais peso político na América Latina".

"O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, junto à cúpula militar do país, se encontra elaborando um plano estratégico que virá à luz no começo de 2008, baseado no aumento de até 50% dos gastos em material bélico, uma reorganização das defesas fronteiriças e costeiras e a elevação do papel de principal referência como árbitro nos conflitos que possam surgir no subcontinente", relata o jornal.

A reportagem observa que o Brasil pretende gastar US$ 4,6 bilhões em compras de equipamentos para defesa em 2008, contando com um aumento de 50% do orçamento militar em relação a este ano.

O jornal comenta que, ao contrário de outros países da região que recentemente anunciaram um programa de rearmamento militar, como a Venezuela e o Chile, "os brasileiros não empregarão a maior parte deste dinheiro em compras no mercado internacional de armas, mas sim desenvolverão uma indústria bélica própria que, além de garantir uma dependência menor de sistemas estrangeiros, colocará o Brasil como referência para outros países na hora de fazer suas próprias aquisições".

"O Brasil intensificará a fabricação de aviões de combate e treinamento, sistemas anti-tanque, veículos blindados, barcos pequenos, equipamentos eletrônicos, radares e munição em um ambicioso programa respaldado por capital privado nacional", relata a reportagem.

O jornal afirma ainda que "em paralelo, começou o deslocamento permanente de tropas na fronteira amazônica, com a construção de uma cadeia de bases militares que vigiem a linha fronteiriça mais extensa da América do Sul".

A reportagem diz que a pressa brasileira se justifica pelo fato de que em 2008 terá sido concluído o programa de rearmamento chileno e a Venezuela terá recebido grande parte de suas compras de armamentos realizadas nos últimos anos.

"O Brasil é qualificado habitualmente com o título de gigante latino-americano, e agora importantes setores do Exército começaram a reclamar que o gigante comece a atuar", diz o jornal.

A reportagem comenta ainda que "algumas vozes, não autorizadas mas significativas" já chegaram a defender o desenvolvimento de armas atômicas para proteger o território brasileiro, como o general José Benedito de Barros Moreira, secretário de Política, Estratégia e Relações Internacionais do Ministério da Defesa.

"O mundo carece de água, energia, alimentos e minerais, e o Brasil é rico em tudo isso", justificou assim sua posição Moreira, segundo o jornal. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Por Odair Oliveira de Sá

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Convite

Intelectuais brasileiros desconhecem – ou fingem desconhecer

(Texto sobre o Livro "O Jardim das Aflições")

A metalinguagem do colonialismo

Deslumbrados com o conceito de "Império" que acabam de importar dos Estados Unidos, intelectuais brasileiros desconhecem – ou fingem desconhecer – que o filósofo Olavo de Carvalho já o criara no Brasil há cinco anos.

por José Maria e Silva
silvajm@uol.com.br

Opção (Goiânia), 1° de outubro de 2000

Como os índios e escravos do período colonial, que por força da sobrevivência batizavam seus deuses com nomes de santos, os intelectuais brasileiros rendem-se ao imperialismo com um despudor de espantar. Só são capazes de aceitar o Brasil quando descobrem um modo de pronunciá-lo em inglês, como faz o antropólogo Hermano Viana, arremedo de Mário de Andrade. Entre os incontáveis exemplos dessa conduta servil da elite pensante brasileira, o mais recente encontra-se no caderno Mais! do jornal Folha de S. Paulo, que, na edição de domingo passado, 24 de setembro, apresentou como grande descoberta do século o conceito de "Império", proposto pelo italiano Antonio Negri e pelo norte-americano Michael Hardt, no livro Empire, que está sendo lançado nos Estados Unidos pela Universidade de Harvard. Só no próximo ano o livro será lançado no Brasil, pela Record, todavia, já está sendo festejado por intelectuais como André Singer, professor do departamento de ciência política da USP e autor do recém-lançado Esquerda e Direita no Eleitorado Brasileiro. Segundo ele, o aspecto "mais original" da obra de Negri e Hardt "está em perceber o quanto o modelo político norte-americano, inventado no século 18, quando as 13 colônias se fizeram independentes, é adequado ao sistema imperial, hegemônico a partir de 1991". O que significa que, para ele, o próprio conceito de "Império", que se propõe a substituir o de "Imperialismo", já é original.

André Singer parece não saber que essa suposta originalidade importada dos Estados Unidos já se encontrava aqui, autóctone, nas páginas candentes do livro O Jardim das Aflições, do filósofo Olavo de Carvalho, publicado em 1995 pela Editora Diadorim, com o subtítulo De Epicuro à Ressurreição de César: Ensaio sobre o Materialismo e a Religião Civil. Nesse estudo magistral, que se estende por 20 séculos de civilização e permeia os mais variados ramos do conhecimento (inclusive o estudo de religião comparada, verdadeiro deserto no pensamento brasileiro), Olavo de Carvalho critica o descaso com que a teoria política trata o "fenômeno Império" e sustenta que "a história política do Ocidente pode ser, sem erro, facilmente resumida como a história das lutas pelo direito de sucessão do Império Romano". Sem advogar para o seu ensaio o estatuto de uma "teoria", já que é um crítico do sentido imanentista da história, Olavo de Carvalho procura mostrar que o Império no Ocidente é uma realidade - e realidade "contínua", com ligeiro interregno entre a queda de Roma e o reinado de Carlos Magno; "problemática", porque não apresenta a unidade estável e o crescimento orgânico de Roma; "decisiva", uma vez que se serve indistintamente de todas as demais doutrinas; e "atual", especialmente depois que a União Soviética sucumbiu ante os Estados Unidos e uma nova Roma ressurge no mundo. Em suma, cinco anos antes dos dois autores estrangeiros, o filósofo brasileiro já mostrava que o Ocidente se move para realizar sua sina de Império.

Sequer a idéia de que os Estados Unidos encarnam o "Império" - considerada por Singer a contribuição "mais original" de Negri e Hardt - deveria ser uma novidade para o país de Olavo de Carvalho. Num estilo primoroso, em que as imagens faíscam como fogos e os sons jorram como cascata, tirando o fôlego do leitor de bom gosto, o filósofo paulista já observava que os Estados Unidos vão "unificando e homogeneizando a humanidade, impondo por toda parte suas leis, seus costumes, seus valores, sua língua, e, administrando sabiamente as diferenças nacionais, é elevado à condição de supremo magistrado do universo". O Império, segundo Olavo de Carvalho, é "destituído de convicções teóricas", apoiando, indiferentemente, a revolução ou a reação, a escravatura ou a abolição, o moralismo puritano ou a rebelião sexual, o domínio colonial ou as reivindicações de independência nacional" - o que lhe importa é assegurar a "marcha ascendente da Revolução Americana" sobre o mundo. Depois de várias tentativas frustradas de restauração do Império Romano por parte de potências européias, César ressuscitou do outro lado do Atlântico. Os Estados Unidos - afirma Olavo de Carvalho - são uma "República imperial, capitalista, maçônica e protestante".

O Conto da Carochinha - Irônico é que exatamente Olavo de Carvalho - tido como sequaz da extrema-direita pela gente da USP - seja muito mais crítico em relação aos Estados Unidos do que Antonio Negri e Michael Hardt, dois discípulos de Marx que pretendem fazer de Empire o Manifesto Comunista do século XXI. Informa o uspiano André Singer, sem fazer nenhuma ressalva, que o Império norte-americano, para os dois autores, é um poder benigno sobre o mundo. Entre outras coisas porque Negri e Hardt, segundo Singer, defendem a tese de que os Estados Unidos "nunca cultivaram um projeto imperialista", salvo na colonização das Filipinas, e quando interferiram em outras partes do planeta, sua intenção era apenas resguardar a ordem mundial, em nome de valores como "o equilíbrio, a liberdade, a democracia". Olavo de Carvalho sustenta o contrário desse conto da carochinha: "A vocação imperial norte-americana não nasceu junto com os Estados Unidos: nasceu antes". E mostra essa "impressionante escalada" imperialista enumerando desde a ajuda "discreta mas decisiva" que os Estados Unidos deram à Revolução Francesa, em 1793, até a construção do Canal do Panamá, em 1906, passando pela compra da Louisana (1803), a tentativa fracassada de invasão do Canadá (1812), a Doutrina Monroe (1823), a anexação do Texas (1845), a intervenção branca na Califórnia e a guerra com o México (1846), a instalação de ponta-de-lança no Japão (1854), a compra do Alasca (1867), a anexação das Filipinas, a intervenção em Cuba e a guerra com a Espanha (1898).

Mas o que leva dois comunistas a tecerem loas aos Estados Unidos e de um modo aparentemente tão entusiasta que o fazem a quatro mãos? Essa questão já está antecipadamente respondida por Olavo de Carvalho no mesmo livro. Estimulado pelo poeta Bruno Tolentino, que lhe escreveu o prefácio da obra, O Jardim das Aflições nasceu de uma necessidade imperativa - encontrar a razão de uma conferência do filósofo Motta Pessanha parecer-se com uma palestra do neurolingüista Lair Ribeiro. Mas o que poderia ser apenas uma provocação sem maior importância revela-se um empreendimento intelectual de inaudita coragem, que devassa as entranhas do Ocidente desde a Antigüidade Clássica à pós-modernidade contemporânea, num vasto painel de erudição vestida de clareza e argúcia despida de malícia, embaladas, ambas, pela sinfonia de um estilo épico, capaz de abalar chavões da história, sofrear devaneios da filosofia e, sobretudo, fixar a verdade em sua única morada possível - na consciência que introjeta o mundo para melhor exprimi-lo. Se a esquerda brasileira perdoasse o polemista corrosivo do Imbecil Coletivo e buscasse o filósofo sincero do Jardim das Aflições, sem dúvida encontraria em Olavo de Carvalho sua melhor arma contra a globalização que tanto a assusta.

Convencido de que o filósofo José Américo Motta Pessanha- em sua conferência sobre ética no Masp e na direção da série Os Pensadores da Editora Abril - "não havia procurado mostrar o passado, mas moldar o futuro", apresentando a filosofia como uma contínua "tradição materialista", de Epicuro a Marx, intercalada por recaídas transcendentes, Olavo de Carvalho se propôs a demonstrar o contrário: "A tradição materialista, se existe, não se constitui de outra coisa senão do amálgama fortuito de negações antepostas, por diferentes indivíduos e por um número indefinido de motivos, a toda e qualquer afirmação do espírito. Ela está, para a densidade contínua da linhagem espiritualista, como os buracos estão para o queijo suíço". Escrevendo numa dialética em espiral, em que as antíteses ascendem em turbilhão, Olavo de Carvalho amplia seus argumentos até o ponto em que parecem desafiar qualquer síntese, como quando intenta conciliar o alegado materialismo de Karl Marx com o caldeirão espiritualista da Nova Era, e o leitor já sem fôlego, atirado ao buraco negro de crenças em agonia, teme que o filósofo não lhe aponte uma outra cosmovisão capaz de substituir aquela que o catecismo materialista lhe ensinou desde o berço. Mas Olavo de Carvalho não o decepciona e, pouco a pouco, recompõe a história do pensamento ocidental - e o faz virando pelo avesso o mundo das idéias para que ele pare de revirar a realidade do mundo.

Conspiração do Silêncio - É tarefa impossível sintetizar O Jardim das Aflições em míseras páginas de jornal, sem ofuscar a cintilância de seu estilo, a profundidade de suas análises e, sobretudo, a originalidade de suas idéias. Filósofo e escritor, Olavo de Carvalho é melhor compreendido quando desfrutado - sua obra, como a melhor arte, é um amálgama de conteúdo e forma. Mesmo quando se discorda dele, - e é possível discordar de muita coisa do que escreve, - não se pode negar que sua obra viverá por si, porque vivifica quem a lê. Ao contrário de quase tudo o que se produz no pensamento brasileiro, ela não é transplante de idéias nem dissimulação doutrinária: Olavo de Carvalho ousa refletir com a própria cabeça e busca a adesão do leitor com argumentos. Daí o silêncio circundante em relação a tudo o que escreve - combater os possíveis senões pontuais de seu pensamento exigiria a admissão de que ele corrói pela base quase tudo o que se ensina nas escolas brasileiras. É o que faz, por exemplo, no livro O Jardim das Aflições. Afirmando que seu propósito "não é mudar o rumo da História, mas atestar que nem todos estavam dormindo enquanto a História mudava de rumo", o filósofo começa demostrando o absurdo de se apresentar uma história da ética que elege Epicuro em lugar de Platão e Aristóteles, reduz a filosofia medieval a uma Inquisição que vicejou 200 anos depois dela e faz de uma Idade Moderna falsificada a baliza de toda a humanidade, além de transformar a religião numa variável da equação histórica quando ela é a constante que perpassa todas as épocas e os mais diversos regimes.

Olavo de Carvalho desmonta o Epicuro de José Américo Motta Pessanha, mostrando a inconsistência do epicurismo, mas sustenta que a espécie de ilusionismo filosófico proposta pelo filósofo do jardim sempre ressurge em momentos de crise, como uma fuga ante a realidade adversa. E pinta Motta Pessanha, cassado das cátedras sob a ditadura militar e exilado na Editora Abril onde formulou Os Pensadores, como um retrato dessa fuga, consubstanciada no auditório do Masp em maio de 90, quando uma platéia desiludida com a recente derrota de Lula e ainda oprimida pelo sucesso de Collor rendeu-se à "moral evasionista" do epicurismo, que assustava o próprio Marx, apreciador de Epicuro pela sua "crítica da religião oficial grega e sua mistura -dialética- de teoria e prática". Mas como conciliar duas acusações diferentes contra o mesmo Motta Pessanha: a evasão epícurea do mundo com a transformação marxista da realidade? - perguntaria o leitor a Olavo de Carvalho. Mas não perguntará, porque é o próprio Olavo de Carvalho quem faz essa indagação a si mesmo, dialeticamente, para melhor respondê-la no Livro III do Jardim das Aflições, intitulado "Marx" (os dois primeiros são, respectivamente, "Pessanha" e "Epicuro, e os dois últimos, "Os Braços e a Cruz" e "Cæsar Redivivus"). Depois de provar que a filosofia de Epicuro é o ancestral da programação neurolingüística de Lair Ribeiro e do "materialismo espiritual" de Marx, Olavo de Carvalho explica a "invulnerabilidade do marxista convicto à argumentação racional".

Esse argumento é um capítulo à parte, em que Olavo de Carvalho demonstra a tragédia axiológica e o rombo epistemológico que a 11» tese de Marx contra Feuerbach provoca no homem moderno. Ao criticar a filosofia por limitar-se a interpretar o mundo, convidando os filósofos a transformá-lo, Marx, como demonstra Olavo de Carvalho, incorre numa das censuras morais que dirigiu ao capitalismo - sendo "teoria da ação e não do objeto", a práxis marxista nega a existência ontológica de gentes e coisas para vislumbrá-las apenas como matéria-prima da revolução. Se no capitalismo o homem ainda é uma "mercadoria", capaz de resistência ao menos por seu valor de troca, no marxismo o homem se reduz ao barro antes do sopro - isto é, a um nada ontológico nas mãos do demiurgo revolucionário. Esse materialismo, observa o filósofo, só foi possível depois que Nicolau de Cusa divinizou o espaço e Giambattista Vico divinizou o tempo, possibilitando ao homem abdicar de Deus para adorar, respectivamente, a geometria e a história. E ante a empáfia do intelectual moderno, capaz de sustentar a morte de Deus em meio a um oceano de crenças, Olavo de Carvalho esgrime uma argúcia afiada na ironia e compara esses desamparados filhos de Nietzsche com os iorubas e os bantos da África, vendo em sua rendição ao materialismo o mesmo culto tribal à natureza (deuses do espaço) e em sua louvação à história o mesmo culto aos antepassados (deuses do tempo).

Os Sacerdotes do Império - A originalidade de Olavo de Carvalho, como filósofo deste fim de século, não está apenas em refletir sobre o Ocidente a partir do conceito de "Império", mas também em resgatar a importância de Deus como sujeito da história, demonstrando que a libertação da consciência pessoal, iniciada pela filosofia grega, só foi consumada no cristianismo, herdeiro da cultura judaica, talvez a primeira a escrever a história humana como a história da salvação da alma. Espécie de filosofia grega com apelo de massas, o cristianismo libertou a humanidade do mais despótico dos jugos - aquele do Rei que se acredita Deus e faz do Estado uma religião. Dando a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, o cristianismo conferiu ao homem um destino pessoal transcendente, relativizando o poder temporal do Estado, daí o martírio maciço dos primeiros cristãos, por incomodarem os poderes estabelecidos. Olavo de Carvalho demonstra que todas as religiões anteriores ao cristianismo encarnavam uma cosmovisão religiosa numa estrutura social determinada, não admitindo "qualquer possibilidade de uma verdade exterior à crença coletiva". Contrariando o materialismo dos livros de história, ele sustenta que foi o cristianismo, encerrando a era do Estado sacerdotal, que possibilitou o verdadeiro nascimento do homem, como um ser autônomo e solitário.

Por isso, a Idade Média e a Escolástica saem do livro redimidas. Olavo de Carvalho demonstra que o homem moderno é quem intenta reconduzir o Estado para o trono de Deus, proposta que Comte deixou explícita em seu Catecismo Positivista. "Se Comte era o Messias da Religião da Humanidade, Hegel foi pelo menos seu São João Batista", ressalta o filósofo, lembrando que a Revolução Francesa, sob o Terror de Robespierre, tentou fazer do civismo uma forma de beatitude. Os Estados Unidos, por encarnar desde o seu nascimento os ideais iluministas, é o lugar em que se realiza a profecia de Hegel - ele é o supremo Estado leigo que absorve indiferentemente elementos capitalistas e socialistas, impondo "à humanidade a imersão no historicismo absoluto". Como Negri e Hardt, Olavo de Carvalho também reconhece que o Império pode ser "parcialmente um bem", uma vez que, além de não suprimir as nações, limitando-se a ordená-las, também garante ao mundo um tribunal universal, capaz de reparar as injustiças de potências intermediárias contra nações pequenas. Mas, se do ponto de vista político, jurídico e até econômico o Império pode ser vantajoso, Olavo de Carvalho finaliza O Jardim das Aflições demonstrando que, "do ponto de vista de suas conseqüências psicológicas, culturais e espirituais", a ascensão do Império mundial "é uma ameaça tenebrosa". Ele é a ressurreição de César, a materialização da Religião Civil, a redução do homem a um objeto do Estado - sem Deus algum a quem recorrer.

Ironicamente, os intelectuais de esquerda - como Negri, Hardt e Singer - são os que mais contribuem para essa nova escravidão que se avizinha. Reduzindo todas as religiões a meras ideologias, relativizando todos os valores em nome da liberdade e pregando uma ética leiga que se assenta na opinião pública, eles contribuem para fazer do Estado norte-americano o único tribunal da humanidade. Como vem sustentando Olavo de Carvalho em sua cruzada, a única maneira de evitar essa tragédia é devolver ao homem o direito a uma consciência individual. Ela não é burguesa, como querem os comunistas; é simplesmente divina - aquilo que a matéria tem de humano.

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25.11.07

Alvaro Dias diz que oposição pode votar contra a CPMF com a consciência tranquila

Aprorrogação da CPMF voltou a ser, nesta sexta-feira (23/11), tema dopronunciamento em plenário do senador Alvaro Dias (PSDB/PR). Segundoele, o governo vem registrando excesso de arrecadação, razão pela qualnão se justifica a prorrogação do imposto, que ele classificou deperverso: "Podemos derrotar a pretensão do governo com a consciênciatranqüila. Não haverá, de forma alguma, desorganização orçamentária nemdesequilíbrio fiscal, pois há excesso de arrecadação. Só em outubroforam arrecadados R$ 54 bilhões em impostos e contribuições, 12% a maisdo que no ano passado".
Além do excesso de receita, Alvaro Dias falou que o fim da CPMF vai seruma boa oportunidade para o governo reduzir gastos públicos e discutirum novo modelo tributário compatível com a realidade econômica e socialdo País: "Um modelo tributário capaz de impulsionar o crescimentoeconômico e distribuir melhor a riqueza nacional. Esse é o maiordesafio do governo Lula e a esperança de que o Brasil volte a crescerem ritmo acelerado, como cresceu há algumas décadas, superandoinclusive o crescimento de países emergentes que estão nos deixandomuito longe em razão da carga tributária pesadíssima que asfixia aeconomia nacional. Temos que rejeitar a CPMF".
http://www.senado.gov.br/web/senador/alvarodi/press%20releases/noticia.asp?codigo=34227
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O GLOBO ENTREVISTA LULA

Lula diz que Hugo Chávez não representa risco para a democracia na AL
Por mais criticado que seja pelas defesas que faz do colega Hugo Chávez epor mais polêmicas que o venezuelano protagonize mundo afora, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não arreda pé de sua posição emrelação à Venezuela e ao seu presidente. Diz que a política daVenezuela é uma questão do povo venezuelano e que Hugo Chávez nãorepresenta risco para a democracia no continente. E que Chávez terá deacatar o resultado da consulta popular sobre a reforma da Constituiçãoda Venezuela, que, entre outras mudanças, permite a reeleiçãoindefinida. E, num recado velado à oposição no Brasil, diz que osbrasileiros têm de perder a mania de dar palpites na vida dos outros. —Como maior economia, nós temos que ter responsabilidade de fazer comque as coisas vão bem. Eu dizia que o irmão mais velho, o irmão maiorsempre tem de ter generosidade com os outros irmãos.

COMENTARIO: Realmente, apenas os apaticos e os crentes que se despojaram da lucidez ainda não viram a que veio dom lula da silva, o cinico, pois na vespera da data da Proclamação da República a televisão mostrou da silva tirar a mascara democrática pois, subestimando novamente a inteligência do povo brasileiro, afirmou que o caudilho boliviarista chaves é um democrata. Ouseja à pêlo em seu caudilhismo, da silva "não sabe", apesar de haverconcorrido a vários pleitos, que as instituições políticas são o meiopelo qual um Estado se organiza de maneira a exercer o seu poder sobre a sociedade, as quais têm por objetivo regular a disputa pelo poder político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que detêm o poder político (autoridade) e os demais membros da sociedade (administrados).Ao"confundir" a forma de governo adotada por um Estado com a forma desseEstado e com o seu sistema de governo da silva subestima a inteligênciados brasileiros e deixa cair a mascara, basta visitarmos a pagina daPresidencia da Republica clicando no link: http://www.info.planalto.gov.br/download/discursos/pr812a.doc para se constatar a que veio eis que disse em 2005" E eu queria começar com uma visão que eu tenho do Foro de São Paulo.Eu que, junto com alguns companheiros e companheiras aqui, fundei estainstância de participação democrática da esquerda da América Latina,precisei chegar à Presidência da República para descobrir o quanto foiimportante termos criado o Foro de São Paulo. E digo isso porque, nesses 30 meses de governo, emfunção da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Auréliotem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidaçãodaquilo que começamos em 1990, quando éramos poucos, desacreditados efalávamos muito." Leia na integra

FOTOS NO COMPLEXO DO ALEMÃO

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INFO IMPUNIDADE

19.11.07

Nunca um Chefe de Estado mostrou tamanho desprezo à Constituição, às instituições e aos brasileiros.

Dia da Bandeira do Brasil, símbolo representativo de um Estado soberano.
É com profundo pesar que se constata que nunca um Chefe de Estado eleito em qualquer país civilizado mostrou tamanho desprezo à Constituição, às leis, às instituições e aos brasileiros.

"Uma nação pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos, mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma. Um inimigo exterior não é tão perigoso, porque é conhecido e carrega suas bandeiras abertamente. Mas o traidor se move livremente dentro do governo, seus melífluos sussurros são ouvidos entre todos e ecoam no próprio vestíbulo do Estado. E esse traidor não parece ser um traidor; ele fala com familiaridade a suas vítimas, usa sua face e suas roupas e apela aos sentimentos que se alojam no coração de todas as pessoas. Ele arruína as raízes da sociedade; ele trabalha em segredo e oculto na noite para demolir as fundações da nação; ele infecta o corpo político a tal ponto que este sucumbe". (Discurso de Cícero, tribuno romano, 42 a.C.)


Clique nos link abaixo e leia na íntegra

O paradoxo do orgulho e da vergonha de ser brasileiro

A Múmia, o Cínico e o Psicopata

Brasil: Uma Nação desconstruída

Lula, reu confesso

Ontem da silva tirou a máscara da mesma forma que o MST

Levanta Brasil!

Cidadania - Soberania - Moralidade

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Declaração sensata

15.11.07

Ontem da silva tirou a máscara da mesma forma que o MST

Ontem a televisão mostrou da silva tirar a mascara democrática pois, subestimando novamente a inteligência do povo brasileiro, afirmou que o caudilho boliviarista chaves é um democrata. Disse que caudilhismo continuista não é nada pois ninguém reclama do continuismo de primeiro ministros em regimes parlamentaristas. Inquirido pelos repórteres disse ainda que é irrelevante que a forma de governo seja parlamentarista ou presidencialista pois o importante é o poder.

Ou seja à pêlo em seu caudilhismo, da silva "não sabe", apesar de haver concorrido a vários pleitos, que as instituições políticas são o meio pelo qual um Estado se organiza de maneira a exercer o seu poder sobre a sociedade, as quais têm por objetivo regular a disputa pelo poder político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que detêm o poder político (autoridade) e os demais membros da sociedade (administrados).
(clique nos links para ler as referencias)

Ao "confundir" a forma de governo adotada por um Estado com a forma desse Estado e com o seu sistema de governo
da silva subestima a inteligência dos brasileiros e deixa cair a mascara, basta visitarmos a pagina da Presidencia da Republica clicando no link: http://www.info.planalto.gov.br/download/discursos/pr812a.doc para se constatar a que veio eis que disse em 2005 " E eu queria começar com uma visão que eu tenho do Foro de São Paulo. Eu que, junto com alguns companheiros e companheiras aqui, fundei esta instância de participação democrática da esquerda da América Latina, precisei chegar à Presidência da República para descobrir o quanto foi importante termos criado o Foro de São Paulo. E digo isso porque, nesses 30 meses de governo, em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990, quando éramos poucos, desacreditados e falávamos muito."
:
Ao comentar o Editorial do Estadão "Interesse Nacional" destaquei que poucas pessoas se aperceberam que da silva ao tentar mudar as regras da Lei do petróleo persegue o objetivo do caudilhismo boliviarista do seu foro. Não satisfeito da silva incitou ontem ainda uma marcha sobre Brasilia para aprovar a continuidade da amoral CPMF. Como não incitou nenhuma marcha contra os escândalos do balcão de negócios escusos com o dinheiro publico, sua maior obra em cinco anos de desgoverno, resta demonstrado a que veio ao deixar cair a mascara democrática da mesma forma que os seus "cumpanheiros" do MST. (clique nos links para ler as referencias)

14.11.07

ENAPIÕES - Programa Minerva

ENAPIÕES - Programa Minerva

O que se sobrepoe ao individuo é a Patria senão ele se torna um apatrida que se vende por qualquer dinheiro. O Pais é apenas o conjunto formado de povo e território, não chegando a constituir um Estado, por lhe faltar soberania ou governo independente. Os americanos colocam a sua bandeira em tudo e todos conhecem a constituição. Essa "PEQUENA" diferença é que esta permitindo o perigoso desmonte e banalização de nossas instituições pela "cumpanheirada", habituada à prepotência, ao despotismo e a achincalhar quem bem entende.

O estado brasileiro tem inimigos internos, (os chamados de Esquerda) que fazem de tudo para coloca-lo como colonia de alguma potencia. Se enganando eles que vão levar vantagem na submissão, pois na verdade serão os primeiros eliminados por não serem dignos de confiança de ninguem.

Nao basta eles de Esquerda, o estado brasileiro tem tambem os inimigos da chamada Direita, que são denominados de ENAPIÕES. São treinados em cursos no exterior (uma elite colocada pelo FHC) nos orgãos de planejamento (hora agindo, hora latentes), fazem de tudo para destruir o estado brasileiro agora, para os paises que lhes deram cursos não terem concorrencia num eventual futuro.

O Programa se chama Minerva
Leia na íntegra

13.11.07

Uma Marinha de quarta geração para o Brasil

Nos conflitos interestatais do Século XXI, a vitória será geralmente obtida por forças não-convencionais (ou por elementos não-estatais), empregando métodos e táticas da guerra de quarta geração (G4G). Os Estados derrotados (e às vezes até os vencedores) se desintegrarão, tornando-se “Estados fracassados”.
 
Num sistema de Estados progressivamente mais fracos, a importância do transporte aquaviário (marítimo, fluvial e lacustre) aumentará. A terra se tornará cada vez mais perigosa, mas a água continuará a servir como “estrada líquida” segura, para a circulação de mercadorias e pessoas.
 
O Poder Naval deverá controlar não só áreas marítimas, mas bacias hidrográficas – empregando grande número de unidades de menor porte, capazes de operar em águas costeiras ou fluviais. Tais unidades não dispensarão o apoio de navios maiores, capazes de operar, por períodos de tempo prolongados, ao largo do litoral de um país conflagrado.
 
Tal visão poderá se materializar, mormente em regiões onde a presença efetiva do Estado é débil ou inexistente. É o caso da área de instabilidade do “novo mapa do Pentágono”, que se estende do noroeste da América do Sul à África, ao Oriente Médio, à Ásia Meridional e ao Sudeste Asiático.
 
O entorno estratégico do Brasil – que inclui a América do Sul, o Atlântico Sul, a África Ocidental e Meridional e os países de língua portuguesa – está quase todo localizado dentro dessa área marcada por conflitos, onde diversos países podem vir a se transformar em “Estados fracassados”.
 
No Século XXI, o possível envolvimento do Brasil em conflitos interestatais poderia resultar – mesmo em caso de vitória – num colapso do Estado. Portanto, um pressuposto básico de nossa política de defesa deve ser a necessidade de evitar tais conflitos – ou procurar mantê-los longe do território nacional.
 
As Forças Armadas não podem ser transformadas em forças especiais ou de segurança interna, para combate ao terrorismo e a outras ameaças não-convencionais. Uma capacidade militar polivalente de pronto emprego será essencial – para fins de dissuasão assim como de defesa.
 
O Brasil deverá desenvolver a capacidade expedicionária de suas Forças Armadas. Deverá dispor de um Poder Naval capaz de operar nas águas jurisdicionais brasileiras e em toda a extensão do Atlântico Sul, assim como nas bacias fluviais do Amazonas e do Prata.
 
Nossa “Marinha de quarta geração” deverá ser capaz de realizar operações nas quais o “inimigo” não é um Estado organizado – como as de interdição marítima ou de combate à pirataria, nas águas próximas do litoral de países situados no nosso entorno estratégico. O colapso do Estado em tais países representaria grave ameaça à nossa segurança.
 
Em países à beira de um colapso, a atuação de uma força de paz poderia assegurar as condições mínimas de segurança interna, para o funcionamento do governo local ou de uma missão das Nações Unidas. O emprego da força, nestes casos, não visaria à obtenção da “vitória”.
 
Nossa Marinha deverá manter uma adequada capacidade anfíbia – para desempenhar ações humanitárias e apoiar operações de paz ou para projetar o Poder Naval sobre terra. Tal capacidade incluirá a tropa de desembarque de fuzileiros navais, assim como os meios flutuantes e aéreos empregados nas operações anfíbias.
 
Atualmente, os navios de assalto anfíbio, assim como os navios-aeródromo (NAe), são unidades de maior valor (UMV) no âmbito de uma força naval. Estas classes de navios constituem “sistemas de arquitetura aberta”, especialmente adequados às operações de tipo expedicionário – nas quais a versatilidade e a adaptabilidade dos meios são essenciais.
 
Os navios de escolta – indispensáveis em qualquer tipo de operação naval – são igualmente essenciais. Os submarinos são valiosos, por sua capacidade de realizar missões de inteligência, como as de reconhecimento e de infiltração ou extração de agentes. A ampliação da capacidade de apoio móvel e de reabastecimento no mar permitirá que as unidades operem em áreas marítimas distantes por períodos de tempo relativamente longos.
 
Os meios de contramedidas de guerra de minas também merecem destaque. Estes meios (assim como os de patrulha naval) são otimizados para operações em águas próximas do litoral, mas poderão ser empregados em operações no exterior – se dispuserem do apoio móvel necessário. Nossa Marinha deverá também dispor de uma adequada capacidade de comando, controle, comunicações e inteligência (C3I).
 
Os meios necessários deverão, sempre que possível, ser produzidos no Brasil – empregando tecnologia própria ou cuja obtenção não esteja sujeita a veto político. Entretanto, tais meios serão inúteis, a menos que sejam operados e mantidos por pessoal altamente qualificado e motivado. Os recursos humanos são o componente crítico da G4G.
 
A “leitura heterodoxa” de fontes e autores estrangeiros é uma modalidade de produção intelectual divergente extremamente útil. No Brasil, o mimetismo cultural e a produção convergente constituem regra geral. Isto cria sérios inconvenientes, pois acabamos por copiar soluções importadas, nem sempre aplicáveis à nossa realidade.
 
Por EDUARDO ITALO PESCE
Especialista em Relações Internacionais, professor no Centro de Produção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CEPUERJ) e colaborador permanente do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Escola de Guerra Naval (CEPE/EGN).

Artigo disponibilizado pelo Monitor Mercantil Digital em 09/11/2007 e publicado no Monitor Mercantil de 10, 11 e 12/11/2007, pág. 2 (Opinião).


Boa noticia

COMANDANTE DA MARINHA
Navio-Aeródromo "São Paulo" - É com grande satisfação que comunico a realização do primeiro suspender do NAe "São Paulo", dentro da programação de experiência de máquinas, após um período de cerca de dois anos de imobilização, onde foram executadas obras de grande vulto e modernizações em importantes sistemas do navio, dentre elas, as turbinas de propulsão e engrenagem redutora do eixo de bombordo, caldeiras, condensadores principais, sistema de geração de energia, equipamentos eletrônicos de detecção e comunicação, pintura do convés de vôo, obras estruturais em conveses internos e externos, catapultas, bem como a substituição de cerca de 2000m de redes de água, vapor e combustível do navio.
Nesta nova etapa, o navio realizará outras provas de mar, seguidas de períodos de verificação e ajustagem das obras realizadas, até sua prontificação total.
Em paralelo, já tiveram início os trabalhos da Comissão de Inspeção, Assessoria e Adestramento (CIASA), para garantir o retorno do navio à Fase III de Adestramento em plenas condições operativas.
O suspender do NAe "São Paulo" representa um importante marco dentro das ações adotadas para que a Marinha volte a contar com seu navio-aeródromo, a partir de 2008, para o cumprimento de sua missão constitucional. Cabe, ainda, destacar que essa conquista é o resultado do trabalho de diversos setores da Marinha, que venceram óbices e desafios para alcançar essa meta.
BRAVO ZULU!  

12.11.07

O Brasil se arma

A relativa estabilidade política entre os países da América do Sul, aliada à triste lembrança dos regimes militares que atormentaram a região nos anos 60 e 70, levou o Brasil a deixar suas Forças Armadas em petição de miséria nas últimas décadas. O fortalecimento militar da Venezuela parece ter acionado os alarmes, mostrando quanto o País está despreparado para qualquer tarefa de dissuasão. Agora, o governo brasileiro resolveu retomar os investimentos na área militar. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou o aumento de 50% no orçamento das Forças Armadas já para 2008 (de US$ 6,9 bilhões para R$ 9,1 bilhões), e garantiu recursos (R$ 1 bilhão durante oito anos) para a conclusão do projeto do submarino nuclear. Até 2021, poderá haver investimentos totais de R$ 16 bilhões. Mas Jobim não quer apenas o reaparelhamento das Forças Armadas. Sua idéia é que os produtos bélicos adquiridos no Exterior sejam comprados de fornecedores que ofereçam transferência de tecnologia, de modo a dar início a uma política industrial para o setor. Não se trata mais de comprar na prateleira pelo menor preço. “Queremos um plano estratégico de defesa nacional que precisa estar vinculado ao desenvolvimento nacional, ligando a questão a toda a política industrial e à criação de um parque industrial de defesa”, disse Jobim na audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, há dez dias.

Por trás de toda essa movimentação bélica está em jogo a questão da geopolítica da região. Os avanços do líder venezuelano Hugo Chávez têm assustado os vizinhos, em especial no que diz respeito à soberania de cada país. Rumores de que Chávez poderia até ter planos para a Bolívia, em acordo com o presidente daquele país, Evo Morales, causaram inquietação nos meios militares dentro do Brasil. O ministro Jobim nega que o reforço orçamentário para as Forças nacionais tenha ligação com a ameaça Chávez e diz que a compra de armas e equipamentos já estava prevista antes desse novo cenário. Segundo Jobim, o objetivo maior é defender o País de invasões. “O que é a Defesa no sentido em que estamos discutindo? É a afirmação de que, se alguém entrar no espaço aéreo brasileiro ou em águas territoriais, vai ter problemas”, disse ele na quinta-feira 8 em um congresso no quartel- general do Exército.

A situação do Exército, da Marinha e da Aeronáutica nacionais é dramática. Segundo o comandante do Exército, general- de-exército Enzo Martins Peri, 70% dos 1.500 blindados da força estão “indisponíveis” e quase 80% deles têm mais de 30 anos de vida. O armamento individual dos soldados, o FAL (Fuzil Automático Leve), tem mais de 40 anos de uso e o Exército “enfrenta séria restrição de munição, o que compromete o adestramento da tropa”. A Aeronáutica está com 37% da frota de 720 aviões sem condições de voar; só recentemente conseguiu substituir os velhos Mirage III por Mirage 2000 usados. De acordo com seu comandante, tenentebrigadeiro Junito Saito, depois das aquisições de Chávez – 24 caças supersônicos russos Sukhoi Su-30 –, a FAB se tornou a quarta Força Aérea da região – atrás da Venezuela, do Chile e do Peru. E a Marinha, além de ter metade de seus principais navios sem condições operacionais, precisa reformar os cinco submarinos diesel-elétricos.

Em 2003, ano em que o Orçamento das Forças Armadas brasileiras foi de R$ 4,3 bilhões, o menor dos últimos 15 anos, a Marinha chegou a considerar a hipótese de cancelar o programa de desenvolvimento do submarino nuclear. Seria uma forma de redirecionar o dinheiro para outras áreas necessitadas. O ministro Nelson Jobim tem usado esse exemplo para demonstrar como as decisões de investimentos na área militar eram, e ainda são, uma discussão exclusiva das próprias Forças, sem qualquer helicóptediálogo com os demais setores do governo e da sociedade. Ser considerado uma prioridade exclusivamente da Marinha era o pretexto do governo para cortar o orçamento do projeto do submarino. Da mesma forma, ser decisão exclusiva da Marinha permitia também à Força resolver unilateralmente, caso quisesse, não investir mais no projeto.

Além de aumentar o orçamento e de prometer investimentos no setor, Jobim quer que a construção de uma estratégia conjunta, criada pelo governo e discutida pela sociedade, passe a estabelecer os gastos das Forças Armadas. Mas num primeiro momento os recursos para o reaparelhamento irão para projetos que já estavam em andamento. Depois, Jobim pretende criar uma nova política nacional de Defesa, que ele espera ver definida para ser anunciada com pompa e circunstância em 7 de setembro de 2008. Um primeiro ensaio do que o governo quer daqui para a frente: pela primeira vez o orçamento das Forças Armadas foi definido de forma conjunta numa reunião presidida pelo ministro da Fazenda. Até então, cada comandante determinava os seus gastos e o Ministério da Defesa funcionava quase como um despachante: reunia os papéis e os encaminhava para a elaboração orçamentária. Agora, Jobim reuniuse com os três comandantes para traçar as prioridades. O Exército centrou-se na instalação de uma fábrica no Sul do País para a recuperação de tanques e demais blindados e no projeto de construção de radares tridimensionais, usados em baterias antiaéreas para orientar a mira dos canhões e metralhadoras. A Marinha, no projeto do submarino nuclear e na reforma de seus navios. E a Aeronáutica, no projeto F-X (caças supersônicos), na compra de helicópteros e de jatos para o transporte de tropas.

Depois disso, a definição das prioridades passará a responder a uma nova lógica. “Até agora, quando as Forças Armadas se queixavam que precisavam de mais dinheiro, isso parecia uma mera reclamação corporativista, porque a sociedade não tem real clareza dessa necessidade”, avalia Jobim. Para o ministro, os gastos precisam estar vinculados a uma definição clara. Para estabelecer essa política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou no dia 6 de setembro um decreto que criou o Comitê Ministerial de Formulação da Estratégia Nacional de Defesa. O comitê é presidido por Jobim, coordenado pelo ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, e integrado ainda pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega; do Planejamento, Paulo Bernardo; da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende; e pelos comandantes das três Forças. “É preciso uma estratégia que reflita a missão de cada Força”, explica Jobim. “Para, digamos, monitorar o território, do que precisa a Marinha? E a Aeronáutica? E o Exército? E, ainda, de que forma as Forças podem trabalhar em conjunto?” A inversão de filosofia, segundo o ministro, se daria da seguinte forma: a Marinha não mais define que precisa ter um submarino para fazer o patrulhamento da costa brasileira; ela primeiro define que, entre as suas tarefas, precisa patrulhar a costa brasileira; para fazer esse patrulhamento, necessita do submarino.

Embora a estratégia de defesa esteja apenas começando a ser alinhavada, já há alguns aspectos estabelecidos. A Política Nacional de Defesa, já transformada em lei, estabelece que a estratégia militar brasileira é dissuasória, ou seja, defensiva. Outro ponto fundamental acertado é que a aquisição de armas e equipamentos precisa garantir ao máximo possível a autonomia nacional. As Forças Armadas não podem correr o risco de, na hora de um conflito, sofrer um bloqueio do repasse do armamento.

A idéia é estabelecer uma estratégia que privilegie, sempre que possível, a indústria nacional. Para isso, o governo exigirá, na compra de material bélico, transferência de tecnologia para o País. “Comprar material de defesa sem garantia de transferência tecnológica é abdicar da soberania”, afirma o empresário Jairo Candido, do grupo Inbra, presidente do Departamento de Defesa da Fiesp. Nas compras de aviões de transporte de tropas pela Aeronáutica, esse critério já deverá ser observado. No caso do avião, a escolha deverá recair sobre um projeto nacional, da Embraer, um jato com a mesma capacidade de transporte (20 toneladas) dos atuais Hércules C-130, turbo-hélice.

Definir parâmetros que defendam a indústria nacional nas compras de equipamentos não é tarefa simples. O governo terá que modificar a Lei de Licitações para criar critérios que justifiquem o privilégio a uma empresa nacional. Hoje, essa lei determina a vitória pelo menor preço, sem levar em conta a nacionalidade do fornecedor. A mudança já foi defendida por Mangabeira Unger. O ministro defende até mesmo a possibilidade de não haver licitação para determinadas compras estratégicas. “Se queremos ser um grande país, se queremos nos defender sem nos intimidar, temos que nos armar”, disse ele. O desafio do comitê que Unger coordena será definir um critério transparente, que não deixe tais aquisições, evidentemente milionárias, ao sabor de corrupção e propinas.

DEPOIS DOS FRANGOS, TECNOLOGIA (clique para ver as fotos)

As Forças Armadas e um grupo de indústrias brasileiras e francesas vão criar no Brasil um parque para a fabricação de helicópteros com tecnologia de ponta. O projeto será capitaneado pela Helibrás, única indústria de helicópteros da América Latina, que já produz os Esquilos em Itajubá, Minas Gerais. Pelo acordo, a francesa Eurocopter vai transferir tecnologia para que a Helibrás fabrique uma versão brasileira do Super-Cougar, que será usado para transporte de tropas das três Forças. A Helibrás precisará construir uma nova fábrica, num investimento de US$ 200 milhões, a ser financiado por bancos franceses e pelo BNDES. As Forças Armadas se comprometem a adquirir entre 40 e 60 aeronaves pelo prazo de dez anos, um negócio de US$ 1 bilhão. “O essencial é que vamos construir em Itajubá um parque tecnológico para os helicópteros similar ao parque aeronáutico de São José dos Campos”, explica Jorge Viana, presidente da Helibrás e ex-governador do Acre. A decisão sepulta a compra, feita pelo ex-ministro Fernando Furlan, de 20 helicópteros russos em troca de carne de frango.

Por HUGO STUDART,
Rudolfo Lago e Cláudio Camargo

Postado por MiguelGCF > IMPUNIDADE > VERGONHA NACIONAL