_Opinião do leitor
Jobim x militares
Vejo muito espetáculo nas intervenções do ministro Jobim na Defesa. Primeiro, na crise aérea, com a distância dos assentos. Agora, com a censura aos militares que emitirem opinião em face do lançamento do livro sobre a comissão de desaparecidos da ditadura. Seria muito bom para a sociedade termos também a opinião atual ao tema dos representantes das Forças Armadas. Pena que o governo, mais uma vez, mostre sua necessidade de dirigir o que deve ser informado ao povo, dando somente a sua visão de mundo, de forma sensacionalista e interferindo no resultado de um trabalho que, acima de tudo, deve ter independência, especialmente de governo.
JORGE L. M. BORBA
(por e-mail, 30/8), Rio
Caro Jobim, quem o senhor pensa que é para nos ameaçar? Sou militar, nunca fui punido, sempre honrei a Marinha e, principalmente, o Brasil. Lamento pelas famílias que procuram por seus entes queridos, não fui repressor, fui antes de tudo um militar que trabalhou, e muito, por um Brasil melhor. Hoje o senhor vem nos ameaçar caso façamos algum comentário sobre o livro dos desaparecidos. Agora, o que o senhor fará para responder, por exemplo, à família do soldado Mario Kozel, morto na explosão de um carro-bomba lançado por uma organização da qual fazia parte José Dirceu?
JORGE LUIZ FERNANDES
(via Globo Online, 30/8), Rio
Jobim é ministro da Defesa e, como tal, chefe das Forças Armadas ou algoz dos seus comandados? O que pretende o governo Lula com a desmoralização das Forças Armadas? Se vivemos em democracia, por que os militares não têm o direito de se pronunciar sobre acusações publicadas? É válido que se queira a verdade histórica, mas negar o direito de manifestação de qualquer das partes é manipulação dos fatos. É hipocrisia! É ditadura!
NÉLIO MARQUES DA SILVA
(por e-mail, 30/8), Rio
Já que não existe espírito de revanchismo, por que idolatrar um traidor como Carlos Lamarca? Por que indenizações e pensões milionárias para esses elementos? Por que um livro em memória desses elementos mortos? E os nossos mortos? O tenente da PM de SP, morto a coronhadas por Lamarca e seus asseclas? O soldado do Exército que, sentinela do QG do II Exército, foi morto pela explosão de um carro-bomba?
PAULO ROGERIO BRIGHTMORE MURIAS
(por e-mail, 30/8), Rio
Não acho que o ministro Jobim tenha autoridade ou conhecimento sobre as Forças Armadas para afirmar que elas consideram natural o balanço do trabalho da Comissão de Mortos e Desaparecidos. Ele sabe que não, do contrário não teria ameaçando os militares que reagissem ao resultado dos trabalhos. Será que o ministro, em algum momento, lembrou-se dos direitos das famílias dos que, no cumprimento do dever, foram torturados e mortos pela guerrilha?
GILBERTO RODRIGUES PIMENTEL
(por e-mail, 30/8), Rio
Os militares acabam de receber um agrado do ministro da Defesa: o tratamento de indivíduos. Quem conhece o vernáculo sabe das conotações desse substantivo, pouco usado entre pessoas que se prezam. Conquistaram o direito de retribuir a gentileza, perguntando ao ministro: quem é indivíduo, cara-pálida?
PAULO FERREIRA DA SILVA
(por e-mail, 30/8), Rio
Não considero natural que se realize um ato oficial no Palácio do Planalto, com a presença do presidente da República, para, de maneira velada, homenagear guerrilheiros, seqüestradores, assassinos e assaltantes de banco. Fizeram muito bem os comandantes militares, não comparecendo ao evento, porque, se o fizessem, estariam corroborando tal sandice. O compromisso com o povo brasileiro e com a História do Brasil tem que se estruturar na verdade, e não na apresentação tendenciosa e deturpada dos fatos.
GILBERTO PEREIRA
(por e-mail, 30/8), Rio
O ministro da Defesa intimida os militares e, ao mesmo tempo, prova que este governo flerta com o autoritarismo quando faz apologia a ditadores como Fidel, quando hostiliza protestos, até antecipadamente como neste caso, e, principalmente, quando conta apenas um lado da História. Só será verdade quando a esquerda confessar sua culpa por ter começado a tentativa de golpe, aterrorizando a nação para implantar uma ditadura comunista cruel como a História tem comprovado, e quando as famílias de militares assassinados pelos esquerdistas também receberem indenizações milionárias. Antes disso, é apenas revanchismo, sim!
DÉIA LIN
(por e-mail, 30/8), Strängnäs, Suécia
Em nada serve à causa democrática, nem à verdade histórica, o patrocínio de livro pelo Planalto, pretendendo canonizar guerrilheiros de uma outra causa, esta sim, essencialmente antidemocrática, num embate em que, como em todas indesejáveis guerras, vítimas e excessos existiram de ambos os lados.
RUI DA FONSECA ELIA
(por e-mail, 30/8), Rio
Tenho curiosidade de saber quais serão as respostas dadas aos militares caso reclamem do livro sobre a ditadura, promovido pelo governo e que teve seu lançamento no Planalto com o aval do presidente e de seus ministros. Atitude que mostra a total displicência com a imparcialidade do governo por questões seriíssimas e de versões duvidosas. Misturaram os interesses particulares com os interesses de um governo caduco.
TERESA ABREU DE ALMEIDA
(por e-mail, 30/8), Rio
1.9.07
O fraudador da Constituição
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